Pressões Nucleares sobre o Brasil

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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#616 Mensagem por Marino » Sex Mai 07, 2010 9:21 pm

Interessante artigo que encontrei:

Sobre a urgência da construção do Reator Multipropósito Brasileiro
28 February, 2010 20:20 Editoria

23/fev/10 (Alerta em Rede) – A já severa crise mundial na produção de radiofármacos será agravada em março com a parada programada do reator de Petten, na Holanda, para permitir reparo de tubulações atingidas por corrosão e que foram detectadas ainda em agosto de 2008. Na ocasião, a planta foi desativada para avaliação dos danos mas reiniciou suas operações em fevereiro do ano passado graças a uma licença extraordinária concedida pelas autoridades nucleares da Holanda, válida até março que vem. Os reparos na unidade de Petten, que supre cerca de 60% dos radiofármacos da União Européia, não devem estar concluídos antes de agosto. [1]

A atual crise mundial de radiofármacos teve início quando o reator canadense National Research Universal (NRU) – responsável por quase 40% da produção mundial do radioisótopo molibdênio-99 (Mo-99) - parou de operar por problemas técnicos. O Mo-99 gera, por decaimento, o tecnécio-99m (Tc-99m) que, por sua vez, é utilizado em mais de 90% de todos os exames de medicina nuclear.

Em tal quadro, a construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), tido como solução a longo prazo para o fornecimento de radioisótopos no país, adquire importância ainda maior mas, lamentavelmente, a obra não consta do orçamento de 2010 da Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), responsável pelo projeto, e ainda não há uma fonte de recursos definida para sua implementação. [2]

A concepção do RMB foi iniciada ano passado e, para dar continuidade às atividades, são necessários pelo menos R$ 55 milhões para a realização de experimentos laboratoriais, contratação de serviços de engenharia e início do processo de licenciamento ambiental. O RMB será construído em Iperó, a 130 quilômetros de São Paulo, ao lado do Centro Experimental de Aramar, da Marinha, que cedeu um terreno de 1,2 milhões de metros quadrados à Cnen; além disso, o governo do estado de São Paulo também cederá um terreno adjacente. Para abrigar o reator, a Cnen criará um novo instituto de pesquisas. O custo do RMB, que terá entre 20 e 30 megawatts de potência, está estimado em US$ 500 milhões e sua construção deve durar 6 anos.

Segundo o presidente da Cnen, Odair Dias Gonçalves, o Ministério da Ciência e Tecnologia está empenhado em obter os recursos para que o projeto não atrase. Uma das alternativas que está sendo tentada é a inclusão do RMB na segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), que deve ser lançada pelo governo federal em março, e outra opção seria buscar financiamento junto ao BNDES.

Por outro lado, o Brasil negocia com o Peru e a Argentina a criação de uma empresa trinacional para a produção de Mo-99. Existe um reator peruano, construído pelos argentinos, que tem capacidade ociosa e que pode ser preparado para começar a produzir o radioisótopo em um ano em meio. A iniciativa atenderia à demanda brasileira enquanto o RMB não ficasse pronto mas, até lá, o país continuaria dependendo das inconstâncias do mercado mundial que foram agora agravadas.

De acordo com o médico José Soares Júnior, presidente da Sociedade Brasileira de Biologia, Medicina Nuclear e Imagem Molecular (SBBMN), o reator multipropósito precisa ser prioritário na agenda do governo federal. “Meu maior receio é de que o projeto caia no esquecimento e acabe ficando apenas no papel. Temos que aproveitar a oportunidade política que a crise está trazendo para construir o RMB. Além disso, ele não será construído de uma hora para outra. Daí a necessidade de se começar logo”, declarou Soares Júnior, acrescentando que o RMB dará a sustentação necessária para que a medicina nuclear brasileira possa crescer. “Com a produção do RMB, os serviços médicos poderão investir em equipamentos e recursos humanos sem receio de faltar material”, analisa.

Por ano, são realizados no país cerca de 3,5 milhões de procedimentos de medicina nuclear envolvendo o uso de radioisótopos, mas sua utilização per capita no Brasil ainda é baixo. Além disso, há um claro desbalanceamento na oferta de exames nas diferentes regiões do país, cujo atendimento está concentrado no Sudeste e no Sul. “Existem lugares no país, especialmente na região Norte, que ainda não têm acesso a exames essenciais. Precisamos torná-los disponíveis para toda a população”, destaca Soares Júnior.

A construção do RMB seria a solução definitiva para a crise e tornaria o Brasil autossuficiente na produção do Mo-99, que atualmente é 100% importado e distribuído para todo o território nacional pelo Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), ligado à Cnen. Mas o alcance estratégico do projeto é bem maior pois, além de produzir radioisótopos, o RMB também será utilizado para a realização de testes de irradiação de materiais e combustíveis e pesquisas com feixes de nêutrons. “Um projeto desse porte permitirá o desenvolvimento de uma infraestrutura científica e tecnológica para dar suporte à expansão do Programa Nuclear Brasileiro”, diz o coordenador técnico da implantação do reator, José Augusto Perrotta.



Notas:
[1]HFR shuts as Maria joins isotope supply chain, World Nuclear News, 22/02/2010
[2]Construção de reator essencial para medicina nuclear pode sofrer atraso, Fonte Nuclear, 11/02/2010




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#617 Mensagem por DELTA22 » Sex Mai 07, 2010 9:27 pm

Parece que o reator argentino que está fornecendo o Mo-99 para o Brasil deve parar em breve para manutenção... :? Problemas à vista!
Deve-se acelerar esse projeto o máximo possível. Só quem já teve um membro da família que precisou de tratamento de radioterapia sabe o quanto isso é importante.

[]'s a todos.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#618 Mensagem por FOXTROT » Sex Mai 07, 2010 9:33 pm

Ainda mais um país com a população que tem o Brasil, precisamos abastecer o mercado interno e ocupar esse espaço na América latina.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#619 Mensagem por varj » Sex Mai 07, 2010 10:05 pm

Mais um motivo para nos prepararmos para a exposição decorrente de novo ganho.Ótimo ver o quanto estamos crescendo sem o entreguismo da era FHC.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#620 Mensagem por varj » Sex Mai 07, 2010 10:07 pm

jumentodonordeste escreveu:Existe uma falha geológica na região.

Pequena, mas existe.
Tem também Lobo Mau, Papai Noel, Saci Perere.....ha e uns buracos de tatu gigante profunnndosss




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#621 Mensagem por WalterGaudério » Sex Mai 07, 2010 10:09 pm

varj escreveu:Mais um motivo para nos prepararmos para a exposição decorrente de novo ganho.Ótimo ver o quanto estamos crescendo sem o entreguismo da era FHC.
E Olha..., deixo aqui o seguinte questionamento... Será que o serra se manteria quieto com todas essas pressões? ou abriria logo as pernas e assinaria o protocolo adicional?




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#622 Mensagem por FOXTROT » Sex Mai 07, 2010 10:14 pm

WalterGaudério escreveu:
varj escreveu:Mais um motivo para nos prepararmos para a exposição decorrente de novo ganho.Ótimo ver o quanto estamos crescendo sem o entreguismo da era FHC.
E Olha..., deixo aqui o seguinte questionamento... Será que o serra se manteria quieto com todas essas pressões? ou abriria logo as pernas e assinaria o protocolo adicional?
Pois é meu caro, para não ter que ver ele fazer isso voto na Dilma!!!!

Quero o Brasil o mais independente possível, o partido ou a pessoa do presidente pouco importam, sabemos bem o que esperar de partidos como o PSDB!




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#623 Mensagem por varj » Sex Mai 07, 2010 10:30 pm

Acredito que o Serra com discípulo do entreguista FHC assinaria logo o protocolo




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#624 Mensagem por varj » Sex Mai 07, 2010 10:32 pm

[img[/img]
varj escreveu:
jumentodonordeste escreveu:Existe uma falha geológica na região.

Pequena, mas existe.
Tem também Lobo Mau, Papai Noel, Saci Perere.....ha e uns buracos de tatu gigante profunnndosss
Mas sim existem falhas por todo o Brasil um site legal para ver é o www.apolo11.com

[IMG=http://img101.imageshack.us/img101/36/m ... casbra.jpg][/IMG]

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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#625 Mensagem por Sterrius » Sáb Mai 08, 2010 2:12 am

Em todo o Brasil existem microfalhas geologicas, elas não são falhas grandes e pequenas d+ pra alimentar vulcões, mas elas são mais que capazes de gerar microtremores e até mesmo pequenos terremotos.

Não é incomum volta e meia vermos noticias de tremores aqui no Nordeste, apesar que esse ano ta um pouco acima da media. Mas não foi a primeira vez.

Parece que o povo esqueceu tb do terremoto de 4.5 em SP alguns anos atrás.

Quanto ao reator eu não sei pq a demora, era pra tar como prioridade isso ja que claramente na fila de espera o Brasil vai ficar la embaixo. :?




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#626 Mensagem por Marino » Sáb Mai 08, 2010 10:37 am

Irã: Lula diz que não aceita lições sobre armas

Presidente minimiza declaração de Kouchner e volta a defender diálogo com Ahmadinejad

Eliane Oliveira e Marília Martins* *

Correspondente

BRASÍLIA, NOVA YORK e RECIFE.



O presidente Luiz Inácio Lula da Silva minimizou ontem as declarações feitas pelo chanceler francês, Bernard Kouchner, de que seria “embromado” pelo líder iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Em visita a Recife, Lula — cuja visita a Teerã está marcada para o próximo dia 15 — defendeu a necessidade de dialogar para que um acordo capaz de frear o controverso programa nuclear iraniano. Mostrando-se surpreso pelas declarações de Kouchner, o presidente aproveitou para dizer que “não acredita em política de recados”.

— O Brasil está consciente do que está fazendo, maduro e preparado. Se você conversar com o presidente Barack Obama ou qualquer grande líder europeu, vai ver que ninguém chamou o Ahmadinejad para conversar — afirmou Lula.

Lula deve se encontrar com aiatolá Khamenei Irritado, o presidente disse ainda que o Brasil tem conhecimento suficiente e que não vai admitir “lições”: — As pessoas não devem ficar mandando recado. Como não acredito nessa política de recado, terceirizada, como político vou até o presidente do Irã dizer o que penso. Eu quero paz e o desarmamento nuclear.

Votei para que o Brasil não tenha armas. Então, ninguém venha me dar lições sobre armas nucleares, pois nós temos know how.



As declarações francesas também causaram irritação em Brasília. O embaixador iraniano no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, contra-atacou, afirm a n d o t r a t a r s e d e “ u m a afronta ao governo e ao honesto povo brasileiro”. O diplomata recomendou ainda que o governo de Paris se preocupe com seus assuntos internos.

— O presidente Lula é um líder inteligente e digno de respeito.

Nós respeitamos o presidente Lula como uma grande personalidade mundial. Os países ocidentais, como a França, têm que se preocupar com seus assuntos internos. Estão perdendo o respeito internacional — disse Shaterzadeh.

O embaixador classificou como “ridículas” as acusações de que seu país esteja tentando produzir armamento nuclear.

Questionado sobre a possibilidade de apresentar garantias de que seu programa nuclear é pacífico, o diplomata reagiu com um ataque a Israel que, segundo ele, tem pelo menos 200 ogivas.

— O Irã já passou por várias inspeções. Por que ninguém dessa agência (Internacional de Energia Atômica) vai a Israel? O desarmamento tem que acontecer para todos — protestou.

Segundo a embaixada iraniana, em Teerã, além do encontro com Ahmadinejad, Lula deve se reunir com várias autoridades — inclusive o líder espiritual do Irã, aiatolá Ali Khamenei. Os iranianos garantem ainda que Lula participará da reunião do G-15, grupo dos chamados “países não-alinhados”, no dia 17. O Palácio do Planalto, contudo, não confirma a informação.

Em outra frente diplomática, na noite de quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Manoucher Mottaki, recebeu diplomatas dos 15 países-membros do Conselho de Segurança da ONU para um jantar em Nova York. A reunião aconteceu na residência oficial do embaixador iraniano nas Nações Unidas. O Brasil foi representado pela embaixadora Maria Luiza Viotti, mas Estados Unidos, França e Reino Unido optaram por enviar representantes do segundo escalão diplomático.

Iranianos servem restos no jantar, diz porta-voz O chanceler iraniano reiterou que seu país examina a possibilidade de acordo para a troca de urânio enriquecido.

Mottaki, no entanto, também garantiu que o Irã não pretende voltar atrás nos projetos de operar novas centrífugas para enriquecimento de urânio.

A Casa Branca interpretou o convite iraniano como um sinal de que Teerã “muito preocupado” com a perspectiva de isolamento internacional caso novas sanções econômicas sejam aplicadas. Segundo o portavoz do Departamento de Estado, Philip Crowley, os diplomatas não conseguiram superar o impasse.

— O chanceler iraniano convidou os membros do Conselho de Segurança para jantar, mas serviu restos. Infelizmente, ele não disse nada de novo.

Vamos continuar a trabalhar numa resolução que mostre ao Irã as consequências de descumprimento (de obrigações) — afirmou Crowley, através de seu Twitter.

Apesar dos insistentes esforços diplomáticos de Brasil e Turquia para evitar uma quarta rodada de sanções, fontes europeias com acesso às conversas do chamado grupo dos 5 + 1 — EUA, Rússia, França, Reino Unido, China e Alemanha — dizem que a resolução deve estar pronta para ser votada na segunda semana de junho.

COLABOROU: Everson Teixeira, de Recife




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#627 Mensagem por Marino » Sáb Mai 08, 2010 11:16 am

Mais um artigo que encontrei na net:

A energia nuclear e a soberania nacional

A concordância do Brasil com a assinatura de um Protocolo Adicional ao Tratado de Não Proilferação Nuclear permitiria que inspetores da AIEA, sem aviso prévio, inspecionassem qualquer instalação industrial brasileira que considerassem de interesse, além das instalações nucleares (inclusive as fábricas de ultracentrífugas) e do submarino nuclear, e tivessem acesso a qualquer máquina, a suas partes e aos métodos de sua fabricação, ou seja, a qualquer lugar do território brasileiro, quer seja civil ou militar, para inspecioná-lo, inclusive instituições de pesquisas civis e militares. O artigo é de Samuel Pinheiro Guimarães.

Samuel Pinheiro Guimarães (*)

O acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera provoca o aquecimento global e suas catastróficas conseqüências. Cerca de 77% desses gases correspondem a CO2, dióxido de carbono, resultado inevitável da queima de combustíveis fósseis para gerar energia elétrica e para movimentar indústrias e veículos, desde automóveis a aviões e navios. Esta é a base da economia industrial moderna, desde a construção de uma máquina a vapor, capaz de girar uma roda, em 1781, por James Watt.

A redução das emissões de dióxido de carbono é essencial para impedir que a concentração de gases, que hoje alcança 391 partículas por milhão, ultrapasse 450 ppm. Este nível de concentração corresponderia a um aumento de 2ºC na temperatura, um limiar hoje considerado como o máximo tolerável, devido ao degelo das calotas polares e ao aquecimento dos oceanos - o que, ao ocorrer de forma gradual e combinada, levaria à inundação das zonas costeiras de muitos países, onde vivem cerca de 70% da população mundial.

Todavia, desde a assinatura do Protocolo de Quioto, em 1997, que estabeleceu metas para 2008-2012 de redução dessas emissões a níveis 5% inferiores àqueles verificados em 1990, a emissão de gases de efeito estufa aumentou. 70% da energia elétrica nos Estados Unidos é gerada por termoelétricas a carvão e gás; 50% da energia elétrica produzida na Europa é gerada por termoelétricas a carvão e a gás; 80% da energia elétrica chinesa tem como origem termoelétricas a carvão.

Em grande medida, a solução da crise ambiental depende, assim, da transformação radical da matriz energética, em especial das usinas de geração de eletricidade de modo a que venham a utilizar fontes renováveis de energia. Muitos dos países que são importantes emissores de gases de efeito estufa que teriam de transformar suas matrizes energéticas (responsáveis por 70% das emissões desses gases), não têm recursos hídricos suficientes (China, Índia, Europa etc.) ou não têm capacidade para gerar energia eólica e solar economicamente - fontes que, por serem intermitentes (a usina eólica funciona, em média, 25% do tempo e a solar somente durante período do dia) não asseguram continuidade de suprimento e nem sua energia pode ser armazenada. Mesmo a produção econômica de energia a partir da biomassa (etanol) se aplicaria mais à substituição de gasolina e diesel em veículos do que à produção de energia elétrica.

Resta, portanto, a energia nuclear como solução viável para a geração de energia elétrica em grande escala, uma vez que estão superados os problemas ambientais e de segurança. A energia nuclear, que hoje responde por 20% da energia elétrica produzida nos Estados Unidos; 75% na França; 25% no Japão e 20% na Alemanha, é produzida, como se sabe, a partir do urânio. Patrick Moore , fundador do Greenpeace, foi enfático ao declarar: “a energia nuclear é a única grande fonte de energia que pode substituir os combustíveis fósseis.”

81% das reservas de urânio conhecidas se encontram em seis países. O Brasil tem a 6ª maior reserva de urânio do mundo, tendo ainda a prospectar mais de 80% do seu território. A estimativa é de que o Brasil pode vir a deter a terceira maior reserva do mundo. Cinco companhias no mundo produzem 71% do urânio. O urânio na natureza se encontra em um grau de concentração de 0,7%. Para ser usado como combustível esse urânio tem de ser minerado, beneficiado, convertido em gás, enriquecido a cerca de 4%, reconvertido em pó e transformado em pastilhas, que é a forma do combustível utilizado nos reatores.

Esse processo industrial é extremamente complexo e apenas oito países do mundo detém o conhecimento tecnológico do ciclo completo e a capacidade industrial para produzir todas as etapas do ciclo. Um deles é o Brasil. O Brasil combina, assim, a posse de reservas substanciais, e potencialmente muito maiores, com o conhecimento tecnológico e a capacidade industrial além de deter a capacidade industrial que permitiria produzir reatores.

Apesar da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) prever um crescimento moderado da demanda por urânio enriquecido, o fato é que países como a China e a Índia precisarão de instalar capacidade extraordinária de usinas não poluentes para aumentar a oferta de energia elétrica sem aumentar de forma extraordinária suas emissões de CO2. A China planeja aumentar sua capacidade instalada total de geração de energia elétrica em 100.000 MW por ano, o que equivale a toda a atual capacidade brasileira.

Caso os países desenvolvidos não aumentassem sua produção industrial e pudessem assim ser mantidos os atuais níveis de geração de eletricidade e, portanto, de emissão de gases, e os grandes países emergentes também não aumentassem suas emissões atuais de gases (e, portanto, mantivessem sua produção atual, com crescimento econômico zero) o nível de limiar do aumento de temperatura, 2ºC seria atingido muito antes do previsto - e até ultrapassado.

Assim, é urgentemente necessário diminuir a emissão de gases de efeito estufa e, ao mesmo tempo, manter o crescimento econômico/social elevado para retirar centenas de milhões de seres humanos da situação abjeta de pobreza em que vivem. Isto só é possível através da geração de energia elétrica a partir do urânio. Para gerar 1Kw de energia elétrica, uma usina a carvão gera 955 gramas de CO2; uma usina a óleo 818 g; uma usina a gás gera 446 g e a usina nuclear 4 g (quatro!) de CO2.

Oa grandes países produtores de energia, portanto, terão de mudar sua matriz energética, cuja base hoje são combustíveis fósseis, para utilizar combustíveis renováveis e não-fósseis como a energia nuclear - única que atende aos requisitos de regularidade, de suprimento, de economia e de localização flexível. Mas os extraordinários interesses das grandes empresas produtoras de petróleo, de gás e de carvão dos países que detém as principais jazidas desses combustíveis fósseis - carvão (Estados Unidos e China); gás (Rússia e EUA); e petróleo (Arábia Saudita, etc. - e os custos, difíceis de exagerar, de transformação de suas matrizes energéticas e de seus hábitos de consumo, tendem a influenciar as considerações dos técnicos que elaboram aquelas estimativas conservadoras da Agência Internacional de Energia – AIE, que prevêem o contínuo uso de combustíveis fósseis e um pequeno aumento de demanda por energia nuclear nos próximos anos.

Apesar de tudo, a deterioração das condições climáticas e fenômenos extremos farão com que a urgência de medidas de reorganização econômica se imponham, inclusive pela pressão dos cidadãos sobre os governos, apesar da contra-pressão dos interesses das mega-empresas. Assim, apesar daquelas estimativas modestas, o mercado internacional para urânio enriquecido será extremamente importante nas próximas décadas, caso se queira evitar catástrofes climáticas irreversíveis.

Certas iniciativas dos países nucleares, a pretexto de enfrentar ameaças terroristas, podem afetar profundamente as possibilidades de participação do Brasil nesse mercado. Tais iniciativas se caracterizam por procurar concentrar nos países altamente desenvolvidos a produção de urânio enriquecido e de impedir sua produção em outros países, em especial naqueles que detêm reservas de urânio e tecnologia de enriquecimento. Em outros países, que são a maioria, o tema não tem importância, e serve apenas para criar meios de pressão sobre os primeiros. Isto afeta diretamente o Brasil, do ponto de vista econômico e de vulnerabilidade política.

Por outro lado, esses países procuram restringir por todos os meios a transferência de tecnologia, procuram impedir o desenvolvimento autônomo de tecnologia e procuram conhecer o que os demais países estão fazendo, sem revelar o que eles mesmos fazem. O Protocolo Adicional aos Acordos de Salvaguarda com a AIEA, previstos pelo TNP (Tratado de Não Proliferação) é um instrumento poderoso, em especial naqueles países onde há capacidade de desenvolvimento tecnológico - caso do Brasil. Onde não há essa capacidade não tem o Protocolo qualquer importância, nem para os que dele se beneficiam (os Estados nucleares) nem para aqueles que a suas obrigações se submetem (os Estados não-nucleares que não detêm urânio, nem tecnologia, nem capacidade industrial e que são a maioria esmagadora dos países do mundo).

A concordância do Brasil com a assinatura de um Protocolo Adicional ao TNP permitiria que inspetores da AIEA, sem aviso prévio, inspecionassem qualquer instalação industrial brasileira que considerassem de interesse, além das instalações nucleares (inclusive as fábricas de ultracentrífugas) e do submarino nuclear, e tivessem acesso a qualquer máquina, a suas partes e aos métodos de sua fabricação, ou seja, a qualquer lugar do território brasileiro, quer seja civil ou militar, para inspecioná-lo, inclusive instituições de pesquisas civis e militares. Ora, os inspetores são formalmente funcionários da AIEA, mas, em realidade, técnicos altamente qualificados, em geral nacionais de países desenvolvidos, naturalmente imbuídos da “justiça” da existência de um oligopólio nuclear não só militar, mas também civil, e sempre prontos a colaborar não só com a AIEA, o que fazem por dever profissional, mas também com as autoridades dos países de que são nacionais.

O Protocolo Adicional e as propostas de centralização em instalações internacionais da produção de urânio enriquecido são instrumentos disfarçados de revisão do TNP no seu pilar mais importante para o Brasil, que é o direito de desenvolver tecnologia para o uso pacífico da energia nuclear. Esta foi uma das condições para o Brasil aderir ao TNP, sendo a outra o desarmamento geral, tanto nuclear como convencional, dos Estados nucleares (Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra), como dispõe o Decreto legislativo 65, de 2/7/1998: “a adesão do Brasil ao presente Tratado está vinculada ao entendimento de que, nos termos do artigo VI, serão tomadas medidas efetivas visando à cessação, em data próxima, da corrida armamentista nuclear, com a completa eliminação das armas atômicas”.

Todavia, desde 1968, quando foi assinado o TNP, os Estados nucleares, sob variados pretextos, aumentaram suas despesas militares e incrementaram de forma extraordinária a letalidade de suas armas não só nucleares como convencionais e assim, portanto, descumpriram as obrigações assumidas solenemente ao subscreverem o TNP. Agora tentam rever o Tratado para tornar a situação deles ainda mais privilegiada, com poder de arbítrio ainda maior, enquanto a situação econômica e política dos países não nucleares fica ainda mais vulnerável diante do exercício daquele arbítrio.

Ao contrário da maior parte dos países que assinaram o Protocolo Adicional, o Brasil conquistou o domínio da tecnologia de todo o ciclo de enriquecimento do urânio e tem importantes reservas de urânio. Só três países - Brasil, Estados Unidos e Rússia - têm tal situação privilegiada em um mundo em que a energia nuclear terá de ser a base da nova economia livre de carbono, indispensável à sobrevivência da humanidade. Aceitar o Protocolo Adicional e a internacionalização do enriquecimento de urânio seria, assim, um crime de lesa-pátria.

(*) Ministro-chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#628 Mensagem por kurgan » Sáb Mai 08, 2010 11:52 am

Brasil pode estar desenvolvendo a bomba atômica, diz Spiegel

08/05/2010 - 00h01

Hans Rühle
George El Khouri Andolfato

O Brasil assinou o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, mas especialistas suspeitam que o país pode estar trabalhando em uma bomba nuclear. É permitido ao país enriquecer urânio legalmente para seus submarinos nucleares, mas ninguém sabe o que acontece ao combustível assim que chega às bases militares restritas.

Em outubro de 2009, o renomado periódico americano “Foreign Policy” publicou um artigo intitulado “As Futuras Potências Nucleares Com as Quais Você Devia se Precupar”. Segundo o autor, Cazaquistão, Bangladesh, Mianmar, Emirados Árabes Unidos e Venezuela são os próximos candidatos –após o Irã– para ingresso no clube das potências nucleares. Apesar de seus argumentos interessantes, o autor não mencionou a potência nuclear potencial mais importante: o Brasil.

Atualmente, o Brasil é visto com alta estima pelo restante do mundo. Seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, se tornou um astro no palco internacional. “Esse é o cara”, disse certa vez o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em um elogio ao seu par brasileiro. Lula, como se sabe, pode até mesmo receber o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, com todas as honras e apoio ao seu programa nuclear, pelo qual o Irã atualmente enfrenta o ostracismo por parte do restante do mundo.

A autoconfiança de Lula é um indicativo da reivindicação por parte do Brasil do status de grande potência –inclusive em termos militares. A reivindicação militar está refletida na Estratégia Nacional de Defesa, que foi apresentada no final de 2008. Além do domínio do ciclo completo do combustível nuclear –que já foi conseguido– o documento pede pela construção de submarinos nucleares.

Próximo de produzir uma bomba

Pode soar inofensivo, mas não é, porque o termo “submarino nuclear” poderia ser uma fachada para um programa de armas nucleares. O Brasil já teve três programas nucleares secretos entre 1975 e 1990, com cada uma das Forças Armadas buscando sua própria rota. A abordagem da Marinha provou ser a mais bem-sucedida: usando centrífugas importadas de alto desempenho para produzir urânio altamente enriquecido a partir de hexafluoreto de urânio, para poder operar pequenos reatores para submarinos. No momento apropriado, a capacidade nuclear recém-adquirida do país seria revelada ao mundo com uma “explosão nuclear pacífica”, baseado no exemplo estabelecido pela Índia. O poço de 300 metros para o teste já tinha sido perfurado. Segundo declarações do ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, em 1990 os militares brasileiros estavam prestes a construir uma bomba.

Mas isso nunca aconteceu. Durante o curso da democratização do Brasil, os programas nucleares secretos foram abandonados. Segundo a Constituição de 1988 do país, as atividades nucleares ficaram restritas a “usos pacíficos”. O Brasil ratificou em 1994 o Tratado para a Proibição de Armas Nucleares na América Latina e no Caribe e, em 1998, o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e o Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares. O flerte do Brasil com a bomba aparentemente terminou.

Sob Lula, entretanto, este flerte foi reiniciado e os brasileiros estão ficando cada vez menos hesitantes em brincar com sua própria opção nuclear. Poucos meses após a posse de Lula em 2003, o país retomou oficialmente o desenvolvimento de um submarino nuclear.

Mesmo durante sua campanha eleitoral, Lula criticou o Tratado de Não-Proliferação, o chamando de injusto e obsoleto. Apesar do Brasil não ter abandonado o tratado, ele endureceu as condições de trabalho para os inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). A situação se tornou tensa em abril de 2004, quando foi negado à AIEA acesso ilimitado a uma instalação de enriquecimento recém-construída em Resende, perto do Rio de Janeiro. O governo brasileiro também deixou claro que não pretendia assinar o protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação, que exigiria a abertura de instalações antes não declaradas para inspeção.

Em meados de janeiro de 2009, durante uma reunião do Grupo dos Fornecedores Nucleares, um grupo de seis países fornecedores que trabalha visando a não-proliferação por meio do controle das exportações de materiais nucleares, os motivos por trás dessa política restritiva ficaram claros para os presentes, quando o representante do Brasil fez o máximo possível para combater as exigências que tornariam transparente o programa de submarinos nucleares.

‘Aberto a negociação’

Por que todo esse sigilo? O que há para esconder no desenvolvimento de pequenos reatores para mover submarinos, sistemas que vários países possuem há décadas? A resposta é tão simples quanto perturbadora. O Brasil provavelmente também está desenvolvendo algo mais nas instalações declaradas como voltadas à produção de submarinos nucleares: armas nucleares. O vice-presidente José Alencar ofereceu um motivo quando defendeu abertamente a aquisição de armas nucleares pelo Brasil, em setembro de 2009. Para um país com uma fronteira de 15 mil quilômetros e ricas reservas de petróleo em alto-mar, disse Alencar, essas armas não seriam apenas uma ferramenta importante de “dissuasão”, mas também dariam ao Brasil os meios de aumentar sua importância no cenário internacional. Quando foi apontado que o Brasil tinha assinado o Tratado de Não-Proliferação Nuclear, Alencar reagiu calmamente, dizendo que era um assunto aberto a negociação.

Como exatamente o Brasil poderia produzir armas nucleares? A resposta, infelizmente, é que seria relativamente fácil. Uma pré-condição para a fabricação legal de pequenos reatores para os motores de submarino é que o material nuclear regulado pela AIEA seja aprovado. Mas como o Brasil designa suas instalações de produção de submarinos nucleares como sendo áreas militares restritas, os inspetores da AIEA não mais têm acesso. Em outras palavras, assim que o urânio enriquecido fornecido legalmente passa pelo portão da instalação onde os submarinos nucleares estão sendo construídos, ele pode ser utilizado para qualquer propósito, incluindo a produção de armas nucleares. E como quase todos os submarinos nucleares funcionam com urânio altamente enriquecido, que por acaso é o urânio do mesmo grau utilizado para armas, o Brasil pode facilmente justificar a produção de combustível nuclear altamente enriquecido.

Mesmo sem nenhuma prova definitiva das atividades nucleares do Brasil (ainda), eventos do passado sugerem que é altamente provável que o Brasil esteja desenvolvendo armas nucleares. Nem a proibição constitucional e nem o Tratado de Não-Proliferação impedirão isso de acontecer. Tudo o que bastaria para obtenção de uma resolução parlamentar para eliminar esses obstáculos seria Lula dizer que os Estados Unidos não têm o direito de ter o monopólio das armas nucleares nas Américas. Se isso acontecesse, a América Latina não mais seria uma zona livre de armas nucleares –e a visão de Obama de um mundo livre de armas nucleares estaria liquidada.

http://noticias.bol.uol.com.br/internac ... iegel.jhtm




Carlos Mathias

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#629 Mensagem por Carlos Mathias » Sáb Mai 08, 2010 12:25 pm

Bem feito, isso é que dá política de vaselina.
Foram se juntar com a França, a rainha da vaselina cheirosa, agora aguentem.




Quiron
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#630 Mensagem por Quiron » Sáb Mai 08, 2010 1:18 pm

WalterGaudério escreveu: E Olha..., deixo aqui o seguinte questionamento... Será que o serra se manteria quieto com todas essas pressões? ou abriria logo as pernas e assinaria o protocolo adicional?
Quando era ministro da saúde, Serra enfrentou o lobby bilionário da indústria farmacêutica internacional e ganhou. Era uma pressão gigantesca vinda de todos os lados. Quebramos as patentes e montamos um programa anti-aids de primeira linha. Não vejo porque ele correria agora.




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