República Centro Africana - MINUSCA

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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#211 Mensagem por eligioep » Seg Dez 04, 2017 4:59 pm

cabeça de martelo escreveu: Europeias penso que só mesmo Portugal e só a pedido da França (ouve reunião dos Estados-Maiores e tudo). Missão da UE é já noutro ambito, o de formação de militares/unidades e aí estão representados muitos países da UE.
E estão concentradas na capital.....




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#212 Mensagem por eligioep » Seg Dez 04, 2017 5:09 pm

Não adianta ficar sonhando com veículos blindados de 1º mundo.
Para o TO da RCA necessita-se alguns, se possível todos, veículos com proteção blindada, pois as ameaças são apenas de armas automáticas, típicas de bandoleiros, com pouca estrutura.
E também está certo o despacho ainda no primeiro semestre de parte da tropa. Para isso, os Navais estão em alto nível de preparação de uma Cia, e no EB também.
Para a totalidade da tropa lá chegar pode demorar até um ano.
Provavelmente irá inicialmente uma tropa de infantaria com apoio de blindados 6x6, e depois será completado o efetivo até atingir o nível Batalhão, de possivelmente 1300 homens.
Também já está sendo estudada a preparação uma Cia Eng, e que certamente será solicitada.
Possivelmente, teremos um Pelotão(+) desdobrado em Bangui, para prestar apoio logístico, como foi em Angola, onde tivemos um Pelotão em Luanda, onde fiquei destacado, em rodízio, por 45 dias.
Já está em fase de organização de equipamentos e materiais no 1º DSup.

À ver vamos......




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#213 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 04, 2017 6:59 pm

cabeça de martelo escreveu:Europeias penso que só mesmo Portugal e só a pedido da França (ouve reunião dos Estados-Maiores e tudo). Missão da UE é já noutro ambito, o de formação de militares/unidades e aí estão representados muitos países da UE.
Ou seja, vamos ter problemas. :roll:
No final, está me parecendo que estão nos pegando para bucha de canhão para fazer o serviço braçal que franceses e demais tropas europeias, e diria até mais ninguém fora da África, quer fazer.
Afinal, o que alguém ganha colocando tropas em um país praticamente arruinado e que não tem condições de existir enquanto tal, e ainda por cima a população briga entre si por causas alheias às suas, e ainda por cima trazidas de fora por grupos terroristas, que só fazem aumentar o sectarismo religioso, social e tribal?
Enfim, a RCA é o típico "caso perdido" de missão que ninguém quer.
Aí o nosso MD na falta do que fazer foi se oferecer em NY parecendo aquelas puta velha de beira de estrada para ONU tentando aparecer pro chefe dele, quando nem o Itamarati estava interessado no negócio... :x
E tudo isso para tentar ficar no comando de uma missão que ninguém em sã consciência acima da linha do equador quer. :shock:
A gente tá ferrado mesmo.

abs.




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: Exército brasileiro na MINUSCA?

#214 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 04, 2017 7:49 pm

Túlio escreveu:
FCarvalho escreveu:A resposta é simples meu caro Jambocrks: nem que ele quisesse. :D
abs.
Tá, mas alguém se deu ao trabalho de imaginar QUAL o cenário que o CFN imagina para empregar esta VTR? Sim, porque de nada adianta (até atrasa, em termos orçamentários) exigir que a VTR venha já no nível VI STANAG 4569 e no nível III da mesma norma, no que tange a minas e IEDs.
Sem isso é charla pra adormecer bovino... :o 8-]
Vamos por partes meu caro amigo. :)

1. Há mais de dois anos atrás o EB decidiu lançar o projeto das VBMT-LR a partir das experiências na MINUSTAH com o Guará I, tendo observado que a opção das Land Rover chapadas não eram adequadas para aquele cenário, em determinados aspectos, e que não proviam a proteção adequada as nossas tropas. O Guará I mostrou que era necessário algo mais. A resposta para isso foi aquele projeto acima.

2. A partir disso, houve um vencedor aclamado, no segundo semestre de 2016, na forma do Iveco LMV. Até hoje nada se fez ou ouviu em relação à compra e/ou contrato para o lote inicial de 32 bldos, e outra centena que viria depois. Já se passou mais de um ano da decisão e nada das VBMT-LR, cujos requisitos foram elaborados tendo em mente duas opções: Libano ou África. As próximas missões a serviço da ONU no planejamento das ffaa's.

3. Operar nestes dois TO's s significava subir um degrau na complexidade do tipo de missão que vínhamos participando/comandando até então. Muito mais perigosos e com regras de engajamento mais duras que as anteriores. Neste aspecto, a proteção das tropas, o seu preparo e operacionalidade humana e principalmente material, deveriam também estar um degrau acima do que já vínhamos fazendo.

4. Ambos TO, apresentam dificuldade agravantes relativas ao emprego de força moderada, e também outro padrão de defesa das tropas, sendo necessário pois, mais e melhores armamentos, sistemas C3I e de proteção. Ou seja, no que compete ao equipamento das tropas, tudo do bom e do melhor que temos aqui - planejado e obtidos - devem ser levados, e até um pouco mais.

5. A RCA tem um cenário complexo onde uma guerra civil entre dois grupos que dizem proteger cada um o seu lado da população, usam de várias táticas de guerra assimétrica tanto um contra o outro, como contra a própria população - as vezes pouco importando se muçulmana ou cristã - e não raro contra as tropas da ONU. Para isso eles lançam mão de armamento leve, principalmente, fações e intimidação física sectária. Como estes grupos tem acesso facilitado a todo tipo de armamento/munição, pelas fronteiras, é lícito dizer que se as tropas da ONU, na sua maioria africanas, junto com o que sobrou do exército, não retomarem o controle do território, hoje entregue as diversas milicias que lá atuam, de nada nos adianta levar para lá material sem proteção blda, porque simplesmente não estaremos seguros em lugar nenhum, além de, na prática, termos de nos estabelecer à força no local de homizio das nossas tropas. Isso não se pode fazer com Marruá ou LR chapadas.

6. É preciso dizer que a RCA não tem qualquer infraestrutura viária em condições, e não há praticamente nenhum serviço público em funcionamento que proveja assistência à população, a não ser aqueles oferecidos pelas ONG's que ainda atuam no país, e que hora estão sendo atacadas também pelas milicias em qualquer lugar em que estejam. Tudo é uma desculpa para matar alguém lá. Seja um copo d'água ou um simples esbarrão. Se você vai estar de farda, ou não, pouco importa. Se estiver em um bldo ou um jipe pintado de branco, maior ainda a probabilidade de levar um tiro. Ou vários, em todo caso.

7. Por fim, é preciso dizer que a RCA faz fronteira com Rep Demo Congo, ao sul, com o Sudão do Sul e Sudão a leste, e com o Chad, ao norte, de onde proveem várias milicias e grupos terroristas que apoiam a guerra interna e fomentam a rivalidade entre a população civil. O Congo é a maior missão da ONU até hoje, o Sudão do Sul e Sudão nem se fala; o Chad tem tropas francesas operando por lá há pelo menos dois anos, combatendo as milicias terroristas que apoiam o ISIS e/ou Al Kaida. Todos esses grupos operam irregularmente na RCA e usam seu território como abrigo. Não há controle das fronteiras com esses países, e o acesso é praticamente semi-desértico a leste e norte, com florestas ao sul. Tais milicias dispõe de armamento leve, e também de RPG's, metralhadoras pesadas, e sabem lançar mão de IED's e minas. Até o presente momento este tipo de material não foi encontrado na RCA, mas com o crescente descontrole do país de parte do governo central, e com o território praticamente dividido entre os vários grupos rivais, nenhuma tropa da ONU que lá queira se estabelecer irá conseguir fazê-lo sem antes lutar, e muito para isso. Conosco não será diferente. Principalmente se, como penso que será, formos enviados a região leste do país, a mais afastada, menos desenvolvida e necessitada de tropas da ONU.

Não quero ser pessimista, mas, além de infantaria e engenharia, é melhor começarmos a pensar seriamente desde já em levar também cavalaria (pelo menos 1 RCM completo), artilharia (morteiros 120) e a maior quantidade possível de hospitais de campanha. A Avex também será muito bem vinda, assim como os helos e aviões disponibilizados pela FAB. Para não dizer que as tropas que lá mantivermos tem de ser todas mecanizadas.

E bom lembrar, a MINUSCA não é uma missão de manutenção, mas de imposição da paz. Nunca fizemos isso antes.

Então, vai ser preciso bem mais que jipes, carros pipas. e soldado bolacha para nos estabelecermos na RCA.

As VBMT-LR irão fazer falta por lá. :|

abs




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Re: Exército brasileiro na MINUSCA?

#215 Mensagem por Viktor Reznov » Seg Dez 04, 2017 10:53 pm

jambockrs escreveu:Meus prezados
Não há dúvida de que o EB necessitaria de um veículo MRAP ( Mine-Resistant Ambush Protected). Ouso dizer que o HUMMVEE não seria o mais adequado para o TO em foco.
Talvez o RG-31 Nyala (Africa do Sul) seria o mais adequado.
Eis uma foto do mencionado veículo, atingido por um IED. Nota-se que o habitáculo está intacto, preservando a tripulação.
Imagem
Será que o HUMMVEE teria a mesma resistência?
O Humvee? Não, no caso dele IED é morte garantida a tripulação inteira. Tanto que soldados e Marines americanos se referem à eles como metal coffins. Caixões de metal.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#216 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 04, 2017 11:12 pm

eligioep escreveu:Não adianta ficar sonhando com veículos blindados de 1º mundo.
Para o TO da RCA necessita-se alguns, se possível todos, veículos com proteção blindada, pois as ameaças são apenas de armas automáticas, típicas de bandoleiros, com pouca estrutura.
E também está certo o despacho ainda no primeiro semestre de parte da tropa. Para isso, os Navais estão em alto nível de preparação de uma Cia, e no EB também.
Para a totalidade da tropa lá chegar pode demorar até um ano.
Provavelmente irá inicialmente uma tropa de infantaria com apoio de blindados 6x6, e depois será completado o efetivo até atingir o nível Batalhão, de possivelmente 1300 homens.
Também já está sendo estudada a preparação uma Cia Eng, e que certamente será solicitada.
Possivelmente, teremos um Pelotão(+) desdobrado em Bangui, para prestar apoio logístico, como foi em Angola, onde tivemos um Pelotão em Luanda, onde fiquei destacado, em rodízio, por 45 dias.
Já está em fase de organização de equipamentos e materiais no 1º DSup.
À ver vamos......
Elígio, queria deixar algumas perguntas, que estão mais para curiosidades mesmo.

Se de preferência precisamos de todos os veículos com proteção blda, como vamos fazer isso com os meios motorizados que temos hoje, que até onde eu saiba, na sua imensa maioria não tem sequer previsão para isso? Novos improvisos outra vez?

Como a chegada do grosso das tropas está aparentemente situada daqui a um ano, de que forma se pretende equalizar os meios bldos que venham a ser necessários/demandados em tão curto período? Haverá tempo e viabilidade de vermos as VBMT-LR nessa missão até o final do ano que vem ou vamos mesmo ter que engolir os Humvee chapados ad ifinitum?

Em se tratando a MINUSCA de uma missão de imposição da paz, da qual não temos experiência prática, no que isso irá influenciar o equipamento e armamento das tropas? O Cobra 1.0 parece fadado ao ostracismo em que foi jogado pela falta de recursos, e os principais programas de atualização/modernização do EB também padecem do mesmo drama. Como fazer então para colocar tropas no terreno em acordo com a realidade que irão encontrar, bem menos amistosa que no Haiti?

Teremos um TO em que a situação humana pode ser considerada mais do que de calamidade. Mas sabemos que nenhuma solução será encaminhada neste sentido sem que a ONU dê o seu aval. O que se pretende fazer neste sentido uma vez que as tropas que lá estarão ficarão muito mais ocupadas tentando não levar um tiro do que ajudando pessoas como no Haiti? O envio de material e/ou OM's capazes de realizar atendimento sócio-humanitário paralelo seria possível uma vez demanda apenas por nossas tropas? Hospitais de campanha, dentre outros meios, poderiam ser enviados por todas as 3 forças, e mesmo de parte membros das PM's que eventualmente façam parte também da missão?

As fronteiras da RCA, principalmente as com o Sudão do Sul e Sudão possuem uma demografia quasnula, e não possuem ligações terrestres e infraestrutura. Além disso, são passagem livre para todo tipo de ilícito e de transgressões, tanto dos grupos rivais intra-RCA como dos que buscam abrigo nela. O tráfico de armas e passagem de grupos terroristas é amplamente conhecido. Supondo que nossas tropas tenham a responsabilidade de reverter essa situação, qual a possibilidade de repetirmos lá o mesmo padrão do SISFRONT em termos de material e humano?

Finalmente, quanto ao material a ser enviado para a RCA, o que se pode fazer efetivamente em pró da BID e seus produtos? Para ser mais objetivo, quanto e até onde o cmdo das ffaa's está disposto a pressionar o GF por recursos com vistas a aquisição de material novo no sentido de oferecer o melhor possível em termos de apoio logístico e material naquele país, tendo em vista que é razoável se pensar que aquela missão imporá as nossas tropas uma pressão operacional e humana como não vistas nos últimos 75 anos?

abs




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#217 Mensagem por FCarvalho » Qui Dez 07, 2017 9:00 pm

A quem puder responder, em tempo, uma vez que o problema da proteção das tropas no TO africano se constituti basicamente em relação à armamento leve - 5,56 a 7,62 - qual/quais empresas no Brasil estariam capacitadas a realizar o trabalho de blindagem dos meios motorizados das ffaa's que eventualmente sejam enviados para a MINUSCA? Se sim, qual/quais delas oferecem produtos dentro do padrão STANAG?

Em todo caso, como parece que se está negociando com os USA a aquisição de um lote de Hummvee usados - se blindados ou não já é outra coisa - uma opção a este negócio não poderia ser o caso de adquirir veículos do mesmo porte aqui no Brasil e fazer o trabalho de blindagem aqui mesmo, sendo possível e adequado aos padrões requeridos pelas ffaa's para aquela missão?

Um exemplo que dispomos aqui. Usei o veículo da Agrale por já se encontrarem em uso no EB, mas outros também podem ser utilizados.

AM-23 CC/CDCC - Viaturas disponíveis nas versões cabine chassi e cabine dupla-chass
http://www.agrale.com.br/argentina/phpthumb/phpThumb.php?src=../userfiles/produto/8940_1332463856.JPG&w=494&h=300

Eu entendo que já que nos falta capacidade de conseguir as verbas necessárias para trazer à realidade os projetos elencados nos programas de modernização das forças, e o uso de soluções tipo "quebra-galho" é praticamente uma constante em todas as nossas ações, seria de bom alvitre ao menos lançar mão de soluções nacionais para tentar tapar o buraco da nossa incapacidade de prover os recursos necessários a materialização da defesa.

abs




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#218 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 11, 2017 10:56 pm

Os russos entraram na jogada para tentar vender os bldos 4x4 que deveríamos ter comprado e não compramos.
Oferecem o seu Gaz Tigr 2330, podendo vir com até 5 portas, blindado e motor e mecânica ocidental.
Para leasing ou venda com entrega na RCA, ao gosto do cliente.
Mais uma tentativa de colocar no EB mais que uns poucos mandaps, e convencer as ffaa's de que nem só de parafuso que gira ao contrário vive a industria sov...cof, cof, cof... desculpem, a industria russa. :lol:

http://www.imcdb.org/i359898.jpg http://www.madeinrussia.cz/photos/malytigr2.jpg

Nada contra, ainda sou a favor de uma solução nacional para a questão, mas diante da aparente premência destes veículos no TO, vamos ver como ficam as coisas. Os veículos russos já estão provados operacionalmente, mas diante da relutância dos militares em aceitar qualquer coisa que venha de lá, é difícil acreditar que estes veículos venham a ser adquiridos.

A sucataria americana como sempre agradece.

abs.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#219 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 15, 2017 5:21 pm

eligioep escreveu:Efetivos e distribuição:

https://minusca.unmissions.org/sites/de ... ct2017.pdf
Olhando esses números é possível perceber que há uma distribuição mais ou menos equitativa de tropas entre as 3 regiões determinadas pela ONU.
Apesar disso, se entendi direito, apenas os sérvios mantém lá um pequeno contingente para o hospital de campanha. São os únicos europeus fora os portugueses. Se ainda há outras tropas europeias precisa de confirmação.
Há tropas de engenharia com o grosso sendo peruanos. E todos concentrados em Bangui, capital. Não dá para formar sequer um btl. As regiões central e leste não contam com tropas deste tipo.
Há muita infantaria, mas poucos policiais para cumprir atividade fim.
A maioria das tropas é de africanos, ou seja, muito provavelmente mal armados, equipados e treinados para este tipo de missão. Os que não são, pertencem a países que também não tem tradição militar.
Os portugueses estão operando na região oeste onde fica a capital. Não existe informações sobre mais tropas de operações especiais no país.
A maior parte do material empregado pelas tropas da ONU é bem ruim, e pode ser considerado inadequado mediante o quadro apresentado no TO em questão.
Os mapas mais recentes e disponíveis na net sobre a distribuição da ONU no país mostram um verdadeiro vazio na fronteira leste com Sudão e Sudão do Sul.
Ao norte, no Chad, há tropas francesas combatendo a guerrilha islâmica no país.
Não notei qualquer apoio aéreo organizado no país em favor da ONU. Talvez a FAB seja a primeira a fazer isso, mas com apenas dois BH vai ficar difícil fazer isso. Principalmente nas áreas mais distantes da capital. Não há, ao meu ver, necessidade da presença de ST no país. Talvez pela presença de guerrilha nas fronteiras seja interessante eles estarem lá de stand by, para qualquer eventualidade.
Me parece que o envio dos 4 BH do EB junto a FAB seria uma solução propícia em termos de reforço do apoio aéreo necessário. Principalmente levando em consideração as nossas tropas.
Engenharia, forças policiais, hospitais de campanha, e muito mais serão necessários.
Só não sei se aqui, quando a necessidade vier bater-nos à porta, serão aquinhoadas.
Honestamente, duvido muito que o nosso empenho lá, com ou sem o comando da missão, ultrapasse o limite do btl pedido, mesmo que muito mais seja demandado pela realidade do TO na República Centro Africana.
Boa sorte para nós, e para quem for também.

abs




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#220 Mensagem por FCarvalho » Sex Dez 15, 2017 5:30 pm

eligioep escreveu:Para a totalidade da tropa lá chegar pode demorar até um ano.
Provavelmente irá inicialmente uma tropa de infantaria com apoio de blindados 6x6,
e depois será completado o efetivo até atingir o nível Batalhão, de possivelmente 1300 homens.
Eligio, quando puder responder, já que o grosso da tropa pode chegar lá somente em 2019, isso não seria uma justificativa para fazer avançar mais rapidamente os projetos dos dois bldos nacionais que temos aqui, a fim de dar-lhes tempo para homologação, e mesmo enviando alguns protótipos para testes de campo na própria RCA, ajudando assim a gerar encomendas quiçá de ambos, já que o CFN demonstrou muito interesse no Guara II, enquanto o EB poderia esperar pelo Gladiador II?

Se mandarmos uma quantidade maior de VBTP Guarani para lá, eles podem ir quebrando o galho até que os VBMT-LR nacionais estejam prontos.

Estamos em dezembro de 2016. Até junho de 2019 são 18 meses. Com verba e decisão, nesse tempo os veículos poderiam ser testados e homologados para atuação na RCA.

E se alguém achar ruim Guarani no fazendo papel de "jipe", bem, temos veículos aqui que podem muito bem ser blindados e enviados para fazer o papel, já que aparentemente o maior problema lá são as 7,62 da guerrilha e grupos mulambentos mal armados e sem nenhum treinamento.

Para isso uma AM-23 cabine dupla blindada é mais que suficiente. Nem de VBMT-LR seria preciso.

abs.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#221 Mensagem por eligioep » Seg Dez 18, 2017 6:10 pm

FCarvalho escreveu:......................................................
Apesar disso, se entendi direito, apenas os sérvios mantém lá um pequeno contingente para o hospital de campanha. São os únicos europeus fora os portugueses. Se ainda há outras tropas europeias precisa de confirmação.
Há tropas de engenharia com o grosso sendo peruanos. E todos concentrados em Bangui, capital. Não dá para formar sequer um btl. As regiões central e leste não contam com tropas deste tipo.
Há muita infantaria, mas poucos policiais para cumprir atividade fim.
A maioria das tropas é de africanos, ou seja, muito provavelmente mal armados, equipados e treinados para este tipo de missão. Os que não são, pertencem a países que também não tem tradição militar.
Os portugueses estão operando na região oeste onde fica a capital. Não existe informações sobre mais tropas de operações especiais no país.
A maior parte do material empregado pelas tropas da ONU é bem ruim, e pode ser considerado inadequado mediante o quadro apresentado no TO em questão.
Os mapas mais recentes e disponíveis na net sobre a distribuição da ONU no país mostram um verdadeiro vazio na fronteira leste com Sudão e Sudão do Sul.
........................................................
abs
Carvalho,
se analisar bem, verá que há:
- 3 Hospitais de Campanha: Bangladesh, Ruanda e Sérvia.
- Engenharia, há 4 companhias: Indonésia, Paquistão, Camboja, Peru,.
- Forças Especiais: 02 Cias Portugal - também Quick Reaction Force (QRF) e Bangladesh (SF)
- Aviação há de Paquistão, Sirilanka e Senegal;
- Drones (UAV): França;
- Comunicações: Cia da Nigéria,
- Policia Militar (MP): Nepal (fraquíssimos)
Estas Unidades estão bem distribuídas, dentro das possibilidades, pelo país.




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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#222 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 18, 2017 7:33 pm

eligioep escreveu:
FCarvalho escreveu:......................................................
Apesar disso, se entendi direito, apenas os sérvios mantém lá um pequeno contingente para o hospital de campanha. São os únicos europeus fora os portugueses. Se ainda há outras tropas europeias precisa de confirmação...
Carvalho,
se analisar bem, verá que há:
- 3 Hospitais de Campanha: Bangladesh, Ruanda e Sérvia.
- Engenharia, há 4 companhias: Indonésia, Paquistão, Camboja, Peru,.
- Forças Especiais: 02 Cias Portugal - também Quick Reaction Force (QRF) e Bangladesh (SF)
- Aviação há de Paquistão, Sirilanka e Senegal;
- Drones (UAV): França;
- Comunicações: Cia da Nigéria,
- Policia Militar (MP): Nepal (fraquíssimos)
Estas Unidades estão bem distribuídas, dentro das possibilidades, pelo país.
Bem, me parece então que:

1. Cada força nossa lá deve lavar o seu próprio hospital de campanha, inclusive, e se possível for, das nossas forças policiais militares também. Os únicos hospitais que existem, e funcionam de fato lá, são os das ONG's atuantes no TO.

2. Os peruanos enviaram mais uma Cia de Eng, totalizando duas. Todas as CiaEng atuam em sua maioria na região central e oeste do país, conforme distribuição da ONU; O EB deve levar a sua Cia Eng, e CFN e FAB também devem enviar efetivos de acordo com suas tropas no TO. Vai ser muito necessário.

3. Insuficiência de meios de operações especiais. A saber qual a envergadura do investimento neste setor quando de nossa estada por lá. Novamente, as 3 forças tem de levar efetivos de acordo com o investimento de cada uma. Um comando conjunto seria algo a se pensar.

4. Em termos de aviação, então deve haver somente Mi-8 no TO. A participação da FAB, e diria também da AVex e da AN seriam prudentes, independente da solicitação da ONU.

5. O uso de UAV's - de várias categorias - próprios seria necessário e imperativo pelas nossas forças, a fim de evitar dependência de consciência situacional de terceiros. Temos alguns modelos aqui já em funcionamento, e outros que poderiam ser testados por todas as forças no TO. Uma boa oportunidade de mostrar serviço ao mercado e às próprias ffaa's.

6. Nossas comunicações devem ser reforçadas para além de um Pel Com se for necessário. A combinação com as demais forças seria algo a se pensar, dependendo das condições impostas as nossas tropas no TO. Dependência nesta áreas é não é admissível.

7. Quanto a participação de policiais militares, penso que temos aqui outra oportunidade de aumentar e aprimorar nossas ações neste campo. O envio de uma companhia PM reforçada seria o ideal, já que apenas um país tem forças em campo, e obviamente não são os melhores. 9 vagas para oficiais e outras 9 para praças de cada estado da União mais o DF, e poderíamos contar com cerca de 486 policiais militares no terreno. Já seria um alívio para as foças da ONU e também um incremento operacional e de experiência para os nossos policiais militares. Revezamento anual ou semestral. Material, treinamento e recursos humanos não nos falta.

Diante destas questões, presume-se que a obtenção do comando da missão - algo não necessariamente interessante para nós - seria apenas questão de tempo.

A mim me parece que o nosso investimento nesta missão - material e humano - se sair, deverá ser maior e melhor de tudo que já foi feito até agora. E também por ser uma missão impositiva da paz, algo novo para nós, nos trará com certeza novas experiências e aprendizagem. Assim que espero.

De tudo isso, quero crer que as ffaa's se renovem não apenas em termos materiais, mas sobretudo em matéria de pensamento. Não dá mais para ter um tipo de exército aqui e outro lá fora.

Mas isso deixo à história e aos historiadores nos contar.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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FCarvalho
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#223 Mensagem por FCarvalho » Seg Dez 18, 2017 7:45 pm

Uma opinião particular minha quanto a esta missão na RCA.
Se nos fosse possível, e creio que é, tentar convencer nossos vizinhos com mais condições a enviarem tropas para a RCA também.
Acredito que seria para nós algo tão bom quanto útil, já que a maioria das tropas lá estacionadas não tem nada a ver conosco material, cultural e em termos formacionais.
Qualquer ajuda agora seria muito bem vinda. Mesmo falando castelhano.

abs




Um mal é um mal. Menor, maior, médio, tanto faz… As proporções são convencionadas e as fronteiras, imprecisas. Não sou um santo eremita e não pratiquei apenas o bem ao longo de minha vida. Mas, se me couber escolher entre dois males, prefiro abster-me por completo da escolha.
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#224 Mensagem por Frederico Vitor » Ter Dez 19, 2017 5:21 pm

MINUSCA: Impasse na Força e Governo não responde a ONU

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Impasse: enquanto o Estado Maior do Exército (EME) e o Comando de Operações Terrestres (COTER) seriam favoráveis ao envio das tropas, o Gabinete do Comando teria se posicionado contra a empreitada.

Quando consultou o Brasil sobre seu interesse em participar da Missão de Paz na República Centro Africana (MINUSCA), o secretário geral da Organização das Nações Unidas, Antonio Guterres, estabeleceu o dia 15 de dezembro como data limite para uma resposta do Governo Brasileiro, o que não aconteceu.

A essa falta de resposta oficial somou-se um fato novo.

Segundo fontes no Quartel General do Exército (QGEx) em Brasília, um impasse teria se estabelecido nas últimas semanas, pois enquanto o Estado Maior do Exército e o Comando de Operações Terrestres (COTER) seriam favoráveis ao envio das tropas, o Gabinete do Comando teria se posicionado contra a empreitada. Segundo essas mesmas fontes, existiria muita resistência a participação brasileira em alguns setores do Itamaraty.

Outro óbice a ser considerado é o equipamento disponível ao Exército, Fuzileiros Navais e Força Aérea. Começando pela última, é imperativo que os A-29 Super Tucano enviados recebam telêmetro laser (designação de alvos para armas guiadas) e blindagem (semelhante a instalada nos aviões afegãos).

No quesito sistemas defensivos, tanto os EMB-314 quanto o C-105 Amazonas (mais os Blackhawk) receberão contramedidas na forma de chaff, flares e sensores RWR atualizados.

No Corpo de Fuzileiros Navais, a falta de viaturas blindadas leves deverá ser sanada com a entrega do mesmo veículo selecionado e adquirido pelo Exército Brasileiro.

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O IVECO LMV está confirmado e selecionado, restando definir se a compra será integralmente de veículos 0 KM ou se parte deles virão dos estoques do Exército Italiano, usados. (Imagem: Roberto Caiafa).

Já está confirmado o IVECO LMV (a opção Hummer/Humvee foi descartada), porém, ainda está em negociação a possível entrega de um lote desses veículos usados (ex-Exército Italiano), de modo a agilizar o embarque da tropa com equipamento homologado. Estudos do Centro de Instrução de Blindados que avaliaram o material necessário para atuar na MINUSCA recomendaram peremptoriamente o emprego de Tropa Blindada ou Mecanizada com alto nível de proteção.

Explicando o impasse

O pedido de 750 militares brasileiros treinados e capacitados para atuarem na República Centro-Africana seria dividido entre o Exército (maior efetivo), Corpo de Fuzileiros Navais (representando a Marinha do Brasil) e a Força Aérea Brasileira, que deverá contar com um pequeno efetivo de aviões e helicópteros.

Segundo o general Ajax Porto Pinheiro, que liderou (force commander) a ex-missão da ONU no Haiti entre 2015 até o seu recente encerramento (MINUSTAH), o Exército estaria pronto para responder a um pedido de reforço da ONU no país africano.

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O H-60L da FAB deverá receber contramedidas ativas e passivas para atuar em um cenário com presença de MANPADS e outras ameaças.(Imagem: Roberto Caiafa).

Isso exigiria primeiro a aprovação oficial do Governo Federal através do Congresso Nacional, algo que não aconteceu, ao menos publicamente, até o dia 15 de dezembro, data limite estipulada.

De acordo com o general Ajax, haveria um interesse na participação do Brasil na MINUSCA desde 2014 “Numa reunião da ONU, eu disse que gostaria de ver militares brasileiros na República Centro Africana. Teríamos um treinamento e modus operandi diferente (Imposição da Paz), mais voltado para segurança de comboios e com uso de diversas novas tecnologias. O desafio seria maior e a missão seria mais perigosa do que no Haiti. Convém observar que não falei em nome do Governo Brasileiro na ONU, dei apenas a minha avaliação profissional como oficial general”.

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Caso a participação brasileira se confirme, será o batismo de fogo dos A-29 Super Tucano brasileiros em Operações de Paz da ONU/UN. (Imagem: Roberto Caiafa).

Em 13 anos, cerca de 37.500 militares brasileiros participaram da MINUSTAH. “A possibilidade de intervir na África Central vem sendo estudada em profundidade desde maio último”, afirmou. De fato, visitas de inspeção em aeronaves da Força Aérea Brasileira já estavam acontecendo em abril.

As Nações Unidas votaram em novembro por um aumento de efetivos na República Centro-Africana de 900 capacetes azuis. O Conselho de Segurança daquela instituição estabeleceu um novo teto em 11.650 tropas, e um adicional de 2.080 policiais estão autorizados a servir como forças de paz.

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Para atuar na RCA, os soldados brasileiros vão receber o melhor equipamento disponível dentro do programa COBRA 2020. OVN, proteção balística e o novo fuzil Imbel IA2 fazem parte do pacote. (Imagem: Roberto Caiafa)

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, que advertiu o risco de limpeza étnica na República Centro-Africana, pressionou pelo reforço dizendo ter atingido seu limite para lidar com a crescente violência.

Como Portugal assumirá a liderança da MINUSCA em janeiro, o Brasil naturalmente se encaixaria muito bem no esforço pela facilidade de língua e cultura.

link: http://tecnodefesa.com.br/minusca-impas ... nde-a-onu/




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Túlio
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Re: República Centro-Africana: Operação Sangaris

#225 Mensagem por Túlio » Ter Dez 19, 2017 5:37 pm

Que eu saiba Portugal vai comandar é a missão da União Européia na República Centro-Africana, a partir de janeiro de 2018 (segundo disse ao Parlamento o Ministro da Defesa de lá), não sei de onde o Bob Caiafa tirou isso de MINUSTAH; idem quanto aos HUMVEES, desde quando o EB impõe VTRs ao CFN? A seguir o que, IA-2 no lugar dos M-16/M-4....???




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