Programa Espacial Brasileiro

Área para discussão de tudo que envolve a aviação civil e atividades aeroespaciais em geral como aeronaves, empresas aéreas, fabricantes, foguetes entre outros.

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denilson
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#211 Mensagem por denilson » Sex Mar 06, 2015 2:02 pm





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Duka
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#212 Mensagem por Duka » Dom Mai 10, 2015 1:54 pm

http://www.defesanet.com.br/embraer/not ... rasileiro/

EMBRAER,na minha opinião, única possibilidade de futuro para nosso (atualmente) fracassado programa espacial. Um arranjo coerente seria o INPE e DCTA se focarem naquilo que fazem bem (INPE realizando estudos com a informação coletada e DCTA formando/fornecendo mão-de-obra e pesquisa acadêmica) e a EMBRAER assumindo aquilo que já faz com primazia, projeto/construção/integração de plataformas.




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#213 Mensagem por EduClau » Dom Mai 24, 2015 12:05 pm

E aquela declaração de que o Brasil possui a ''melhor base de lançamentos espaciais do mundo" creio que é em relação à posição próxima ao Equador, não sou especialista no assunto mas pensei na de Korou e fui dar uma conferida.

Latitude de Korou, 5,16º N o que dá uma distancia de uns 570 km do Equador, enquanto que Alcantara a 2,3º S está a ~ 220 km, 350 km mais perto, não sei se é uma distancia tão significativa assim especialmente para os europeus que são donos de Korou.

De qualquer modo essas declarações do tipo "temos a melhor/maior coisa do mundo" ou ''sabemos fazer tal coisa e apenas mais X(<10) paises no mundo têm tal capacidade" sempre me deixam com o pé atrás, porque geralmente vem com o porém de que não utilizamos ou não produzimos competitivamente essas tais "coisas'', exceto grãos, carne e minerais pois nisso somos bons mesmo e não é de hoje :roll: .

Não é desmerecer nada só pelo fato de ser do Brasil, mas pra mim é só mais uma noticia para consumo interno.

sds. céticos.




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#214 Mensagem por Wingate » Dom Mai 24, 2015 12:55 pm

Duka escreveu:http://www.defesanet.com.br/embraer/not ... rasileiro/

EMBRAER,na minha opinião, única possibilidade de futuro para nosso (atualmente) fracassado programa espacial. Um arranjo coerente seria o INPE e DCTA se focarem naquilo que fazem bem (INPE realizando estudos com a informação coletada e DCTA formando/fornecendo mão-de-obra e pesquisa acadêmica) e a EMBRAER assumindo aquilo que já faz com primazia, projeto/construção/integração de plataformas.
De pleno acordo. Se isso tivesse ocorrido bem antes, com a criação de uma Divisão Espacial na empresa, por certo já estaríamos bem avançados nesse setor.

Wingate




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#215 Mensagem por LeandroGCard » Qua Mai 27, 2015 11:41 am

Wingate escreveu:
Duka escreveu:http://www.defesanet.com.br/embraer/not ... rasileiro/

EMBRAER,na minha opinião, única possibilidade de futuro para nosso (atualmente) fracassado programa espacial. Um arranjo coerente seria o INPE e DCTA se focarem naquilo que fazem bem (INPE realizando estudos com a informação coletada e DCTA formando/fornecendo mão-de-obra e pesquisa acadêmica) e a EMBRAER assumindo aquilo que já faz com primazia, projeto/construção/integração de plataformas.
De pleno acordo. Se isso tivesse ocorrido bem antes, com a criação de uma Divisão Espacial na empresa, por certo já estaríamos bem avançados nesse setor.

Wingate
Nem seria preciso envolver diretamente a Embraer, poderia ser formada uma empresa específica para a construção de foguetes e talvez outra para a de satélites. Se a Embraer quisesse participar diretamente ótimo, senão poderia simplesmente ser contratada como consultora naquilo em que pudesse ajudar, assim como quaisquer outras instituições de qualquer parte do mundo que se dispusessem a fornecer o que fosse necessário para as novas empresas..

O que não dará jamais certo é manter a estrutura atual, com AEB, IAE e INPE, a primeira como estrutura puramente burocrática e os dois últimos como institutos de pesquisa. Assim não há ninguém para focar especificamente na engenharia, projeto e construção, e por isso nada sai.

Mas acho extremamente difícil que uma ou mais empresas possam ser montadas enquanto estas três agências continuarem tendo a palavra no setor espacial. Por isso na minha opinião o PEB em si deveria ser encerrado, a AEB dissolvida e o IAE e o INPE transformados em institutos de ensino e pesquisa pura, e isso deveria ficar assim por 5 a 10 anos até que todas as ligações deles com qualquer programa prático de foguetes ou satélites estivessem definitivamente rompidas.

Depois começaríamos de novo do zero, com outras cabeças e outros objetivos.


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#216 Mensagem por LeandroGCard » Qui Mai 28, 2015 9:17 am

Eu estou dizendo, melhor acabar logo com esta palhaçada... .
Programa de Lançadores Nacionais Enfrenta Dificuldades


Do Blog Brazilianspace



Brasília, 27 de maio de 2015 – Um dos mais emblemáticos programas de desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, a construção do Veículo Lançador de Satélite (VLS), está em vias de um colapso.

Em audiência pública ontem (26) na Câmara dos Deputados, o vice-diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica (DCTA), Wander Golfetto, afirmou que o programa pode não ser completado por falta de verba, recursos humanos qualificados e dificuldades tecnológicas.

Números apresentados pelo DCTA apontam uma descontinuidade de recursos para o VLS, previstos no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), documento orientador de investimentos da área. No total, o programa deveria receber cerca de R$ 155 milhões. No entanto, até o momento, foram executados R$ 108 milhões.

A previsão inicial era de que o veículo estaria completamente finalizado este ano. Agora, no entanto, a expectativa mudou. Hoje, o planejamento é para testar parte do foguete no fim de 2016.

“Temos o veículo todo reprojetado. Estamos trabalhando em um lançamento de um voo tecnológico, que visa testar a parte baixa do VLS, onde tivemos algumas dificuldades no acendimento do segundo estágio e na separação dos estágios. A análise servirá também para avaliar o sistema de navegação inercial que foi desenvolvido dentro do DCTA. Ele é baseado em fibra óptica. Já foi testado em aviões, no solo, agora precisamos fazer um voo espacial para certificar este veículo”, explicou Golfetto.

O passo seguinte, que serviria para fazer com que o VLS colocasse um satélite em órbita está impossibilitado. Além da falta de recursos, existem dificuldades técnicas no desenvolvimento de componentes para completar o foguete. Há também um grave problema de escassez de mão de obra, que pode inclusive atrapalhar outros projetos mobilizadores.

“Se não houver reposição do quadro, em 2020, o DCTA terá uma redução de 44% da sua equipe em relação a 2011, em virtude do processo de aposentadoria. Há pouco tempo, foi autorizado concurso e pudemos contratar mais de 200 profissionais. No entanto, isto está aquém do necessário”, alertou o vice-diretor.

Mudança - As dificuldades para dar continuidade ao programa do VLS fizeram as autoridades mudar de planos no que se refere aos esforços para um lançador nacional. Em vez de mirar no mercado de satélites em órbita geoestacionária, a ordem agora é atacar o mercado de microssatélites, que também fatura alto.

“Chegamos à conclusão que não vale a pena desenvolvermos no país um veículo para satélites geoestacionários. Existem vários concorrentes no mercado e o Brasil não lançará muitos equipamentos deste porte. Nosso foco está mais voltado para o VLM [Veículo Lançador de Microssatélites]. É um foguete mais simples, para transportar satélites menores. Acreditamos que ele entra em um nicho de mercado onde não existem lançadores naquela categoria”, disse Golfetto.

No que se refere a dificuldade de desenvolvimento, há menos problemas porque o processo de construção do VLS se dá em cooperação com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR). Porém, novamente a descontinuidade de recursos pode atrapalhar este projeto, que tinha previsão inicial de conclusão para este ano, e foi reprogramado para 2017. Estimado em R$ 126,9 milhões, até o momento o programa recebeu R$ 10 milhões.

Histórico – O sonho de se ter um foguete capaz de transportar satélites já é antigo. Desde os primórdios do Programa Espacial Brasileiro (PEB), a ideia era entrar no clube de países detentores da capacidade de realizar o transporte espacial. Os horizontes começaram a se clarear quando no fim da década de 1970 foi instituída a Missão Espacial Completa Brasileira (MECB), que tinha como meta lançar um satélite nacional, por meio de um lançador nacional a partir de uma base em nosso território.

Desde então, o país conseguiu implantar dois centros de lançamento, o de Alcântara (CLA), no Maranhão, e o da Barreira do Inferno (CLBI), no Rio Grande do Norte. Também foi capaz de desenvolver satélites de coleta de dados (SCDs) e de sensoriamento remoto, os CBERS, estes em cooperação com a China.

Na área de foguetes, no entanto, não decolamos para além das zonas suborbitais. Neste segmento, é verdade, há êxitos com o advento da família Sonda, e dos veículos de sondagem VSB-30, VS-30 e VS-40, capazes de lançar cargas-úteis compostas por experimentos científicos e tecnológicos. O VSB-30, por exemplo, abastece o programa europeu de microgravidade.


Fonte: Site da Agência Espacial Brasileira (AEB)

Parte das declarações dão uma noção de como o programa está perdido. É dito que o Brasil "abandonou" a ideia de desenvolver lançadores para satélites geoestacionários, quando na verdade isso jamais sequer foi cogitado. O máximo que tivemos com relação a isso foi uma ideia russa no âmbito do fictício "Programa Cruzeiro do Sul", e a eventual compra do Cyclone-4 ucraniano para lançamento desde o CLA, foguete este que provavelmente jamais existirá.

Os únicos foguetes lançadores em que o Brasil de fato trabalhou algum dia foram o VLS e o VLM, e este último apenas na versão de sondagem (sem capacidade de lançar satélites) e mesmo assim somente por solicitação da DLR alemã. Este último foguete deveria ser lançado este ano, mas não encontro mais notícias sobre ele e duvido muitíssimo que qualquer lançamento ocorra tão cedo.


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#217 Mensagem por Renato Grilo » Qui Mai 28, 2015 11:20 am

http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas- ... donada.htm

Construção de lançador de satélites brasileiro deve ser abandonada
do UOL 27/05/201521h19

Débora Nogueira
Do UOL, em São Paulo

Um dos mais emblemáticos programas de desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, a construção do VLS-1 (Veículo Lançador de Satélite), deve ser abandonado. Segundo o vice-diretor do DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia da Aeronáutica), Wander Golfetto, o programa pode não ser concluído por falta de verba, recursos humanos qualificados e dificuldades tecnológicas.

Em audiência pública na terça-feira (26) na Câmara dos Deputados, Golfetto afirmou que há descontinuidade de recursos para o o VLS, previstos no Programa Nacional de Atividades Espaciais.

No total, o programa deveria receber cerca de R$ 155 milhões. Segundo ele, até o momento, foram executados R$ 108 milhões.

Segundo Golfetto, o Brasil já teria decidido tirar o pé mais uma vez do VLS. Em vez de mirar no mercado de lançadores de grandes satélites, a ordem agora seria focar no mercado de microssatélites.

"Chegamos à conclusão que não vale a pena desenvolvermos no país um veículo para satélites geoestacionários. Existem vários concorrentes no mercado e o Brasil não lançará muitos equipamentos deste porte. Nosso foco está mais voltado para o VLM (Veículo Lançador de Microssatélites). É um foguete mais simples, para transportar satélites menores. Acreditamos que ele entra em um nicho de mercado onde não existem lançadores naquela categoria", disse Golfetto.

O lançamento do VLS-1 passa por diversos percalços desde o acidente na base de Alcântara, no Maranhão, em 2003. A explosão matou 21 importantes técnicos, destruiu instalações e interrompeu o projeto do VLS. Na tentativa de recuperação da base e com o objetivo de explorar o mercado de lançadores de satélites, o Brasil optou por focar na construção de outro foguete, numa fracassada parceria com a Ucrânia, que custou 12 anos e R$ 1 bilhão (dividido entre os dois países). O chamado Cyclone 4 seria maior que o VLS, capaz de lançar cargas mais pesadas como de satélites de telecomunicações (de até 800 kg e numa órbita geoestacionária, a 36 mil quilômetros de distância).

O VLS, foi mantido, mas deixado de lado. Estava previsto para 2013, depois 2014, 2015, e agora, 2016. Mesmo assim, o teste será em apenas partes do foguete: ele não deve ficar totalmente pronto, segundo estimativas do DCTA.

"Temos o veículo todo reprojetado. Estamos trabalhando em um lançamento de um voo tecnológico, que visa testar a parte baixa do VLS, onde tivemos algumas dificuldades no acendimento do segundo estágio e na separação dos estágios. A análise servirá também para avaliar o sistema de navegação inercial que foi desenvolvido dentro do DCTA. Ele é baseado em fibra óptica. Já foi testado em aviões, no solo, agora precisamos fazer um voo espacial para certificar este veículo", explicou Golfetto.

O passo seguinte, que serviria para fazer com que o VLS colocasse um satélite em órbita está impossibilitado. Além da falta de recursos, existem dificuldades técnicas no desenvolvimento de componentes para completar o foguete. Há também, segundo ele, a falta de mão de obra especializada.

"Se não houver reposição do quadro, em 2020, o DCTA terá uma redução de 44% da sua equipe em relação a 2011, em virtude do processo de aposentadoria. Há pouco tempo, foi autorizado concurso e pudemos contratar mais de 200 profissionais. No entanto, isto está aquém do necessário", alertou o vice-diretor.

Novo foco

O Brasil nunca construiu um foguete capaz de decolar para além das zonas suborbitais. O país tem mesmo mais capacidade de reinar no mercado de lançamento de microssatélites, inclusive diversos foguetes seus são utilizados na Europa para lançar cargas carregando experimentos científicos e tecnológicos.

Há êxitos com os lançadores da família Sonda, e dos veículos de sondagem VSB-30, VS-30 e VS-40. O VSB-30, por exemplo, abastece o programa europeu de microgravidade.

O processo de construção do VLM se dá em cooperação com o Centro Aeroespacial Alemão (DLR). Porém, novamente a descontinuidade de recursos pode atrapalhar este projeto, que tinha previsão inicial de conclusão para este ano, e foi reprogramado para 2017. Estimado em R$ 126,9 milhões, até o momento o programa recebeu R$ 10 milhões, segundo ele.

O setor no Brasil

Em termos de percentual relativo do PIB, o Programa Espacial Brasileiro destina dez vezes menos recursos que a Índia e 30 vezes menos que os Estados Unidos. Os norte-americanos detêm 41% do mercado global de satélites, enquanto a participação brasileira é de 1,9%, segundo um estudo feito pela Câmara dos Deputados.

No Brasil, os investimentos governamentais a partir do fim da Segunda Guerra Mundial priorizaram setores de infraestrutura e indústria pesada e de bens de produção como mineração e petróleo. Nos últimos dez anos houve um aumento do interesse político no setor espacial, porém há diversas críticas em relação às constantes mudanças políticas, acidentes, atrasos e gasto maior que o planejado.


Leia mais em: http://zip.net/blrkrp




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#218 Mensagem por EduClau » Dom Mai 31, 2015 12:52 pm

Comentario interessante sobre o assunto num blog especializado no tema:

http://brazilianspace.blogspot.com/2015 ... 0902745978

sds.




Tikuna
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#219 Mensagem por Tikuna » Ter Jun 02, 2015 2:49 am

Interessante também um dos comentários, do homem citado pelo jornalista Roberto Lopes no site Poder Aereo:
"Waldemar31 de maio de 2015 12:05
Duda

Primeiramente é bom deixar claro que não conheço esse jornalista Roberto Lopes nem dei nenhuma entrevista pra ele. A reportagem contém alguns equívocos a começar pelo meu nome - Waldemar de Castro Leite Filho e não Costa Leite. A plataforma MARINS não foi desenvolvida para mísseis balísticos e não depende do VLS1 para ser testada ou mesmo qualificada. Ele deve estar se referindo à plataforma SISNAV. Essa foi desenvolvida para veículos lançadores e só poderá ser qualificada através do VLS1 ou ou VLM.
O Projeto SIA tinha como um dos seus objetivos produzir um sistema de navegação inercial para o PEB. O desenvolvimento foi feito restando tão somente a qualificação em vôo"




"Most people do not listen with the intent to understand; they listen with the intent to reply."
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#220 Mensagem por cassiosemasas » Ter Jun 16, 2015 8:50 am

Será que agora vai? :?:

Rússia e EUA competem por parceria espacial com Brasil

Imagem



Por Anthony Boadle e Brian Winter

BRASÍLIA/SÃO PAULO (Reuters) - Os Estados Unidos e a Rússia estão disputando um papel estratégico no plano brasileiro de lançar satélites comerciais de sua base de Alcântara, no Maranhão, abrindo uma nova frente de rivalidade entre os dois países na busca de aliados e influência.

O governo espera escolher nos próximos meses um parceiro para ajudar a fornecer tecnologia, disseram à Reuters três fontes com conhecimento das negociações.

Ao longo da última década, o Brasil estabeleceu uma parceria com a Ucrânia para desenvolver um veículo de lançamento em Alcântara, mas encerrou o programa em fevereiro, dizendo que os problemas financeiros da Ucrânia a impossibilitam de fornecer foguetes, tal como prometido.

A presidente Dilma Rousseff irá selecionar um novo parceiro baseada em uma variedade de fatores, incluindo as relações diplomáticas do Brasil e a qualidade da tecnologia em oferta, disseram fontes a par do tema.

Uma parceria para satélites não estará na agenda quando Dilma visitar a Casa Branca em 30 de junho, informaram autoridades dos dois países.

Mas o teor da visita, que marca a reaproximação entre Brasil e EUA dois anos após uma crise nas relações decorrente dos programas de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) norte-americana, pode influenciar a decisão brasileira, disse uma fonte.

“Se tudo correr bem, os norte-americanos estarão bem posicionados para conquistá-lo”, declarou a fonte, uma ex-autoridade brasileira que participou de reuniões sobre a questão dos satélites.

A localização de Alcântara é especialmente atraente para parceiros em potencial. Satélites que orbitam o Equador não têm que viajar muito para se posicionarem, o que reduz o gasto com combustível em até um quinto em comparação com outras localidades.

A empresa europeia de transporte espacial Arianespace, que detém metade do mercado mundial de lançamento de satélites em órbita geoestacionária, usa uma plataforma de lançamento em Kourou, na vizinha Guiana Francesa.

Não está claro exatamente que forma a próxima parceria do Brasil irá tomar. Pelo acordo anterior, a Ucrânia entrava com a tecnologia para construir os foguetes Cyclone-4 conjuntamente com o Brasil, que era responsável por fornecer as instalações de lançamento.

Frustradas com décadas de atrasos e contratempos, as autoridades brasileiras disseram que podem repensar totalmente os termos de sua próxima parceria.

“Nós tínhamos feito a opção da Ucrânia. Esse programa se mostrou inconsistente”, declarou o ministro da Defesa, Jaques Wagner, à Reuters. Ele disse que o Brasil conversaria “com qualquer país”, incluindo os Estados Unidos, para levar um satélite brasileiro ao espaço.

SALVAGUARDAS

O histórico traumático de Alcântara inclui um acidente em 2003, quando uma explosão e um incêndio destruíram um foguete de fabricação nacional e mataram 21 pessoas. O desastre pôs fim aos planos do Brasil de construir seus próprios foguetes e o levou a procurar a Ucrânia.

Uma série de países trabalhou com o Brasil em questões espaciais. Nas duas últimas décadas, a China empregou seus foguetes e sua plataforma de lançamento para conduzir aos céus cinco pequenos satélites que o Brasil usa para monitorar a agricultura, o meio ambiente e a Floresta Amazônica.

Em 2014, na esteira do escândalo de espionagem da NSA, desencadeado pelos documentos vazados pelo ex-prestador de serviços Edward Snowden, o Brasil escolheu a empresa aeroespacial francesa Thales ao invés de uma rival norte-americana para construir um satélite geoestacionário que será lançado pela Arianespace da Guiana Francesa em 2016.

O Brasil ainda precisa de um parceiro de peso para alcançar seu objetivo de lançar um satélite de Alcântara. A tecnologia para o satélite e o foguete que espera obter nessa parceria daria ímpeto à sua indústria aeroespacial.

Se o Brasil escolher os EUA, a Boeing será beneficiada, já que, além de aeronaves, fabrica foguetes e satélites e tem laços com a principal empresa aeroespacial brasileira, a Embraer, terceira maior fabricante mundial de aviões comerciais.

O diretor da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, declarou à Reuters que a Rússia está interessada em cooperar com o Brasil e que está “na vanguarda” da tecnologia espacial.

Ele afirmou que os EUA, maior fonte mundial de peças de satélite, também são uma possibilidade, embora tenha reconhecido haver “dificuldades especiais que precisamos superar”.

Uma delas é fato recente. Em 2000, Washington assinou um contrato com o Brasil que teria permitido o lançamento de satélites norte-americanos com foguetes norte-americanos de Alcântara.

Mas o acordo era polêmico por causa da exigência dos EUA de controlar o acesso a partes da base. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva o descartou pouco depois de assumir seu primeiro mandato em 2003.

Washington já não faz tal exigência, embora ainda queira que o Brasil assine um assim chamado acordo de salvaguarda tecnológica para garantir que qualquer tecnologia espacial compartilhada com os brasileiros não vá parar em outros países.

Muitos membros do Congresso estão receosos de aprovar o acordo, e militares temem que a colaboração do Brasil com a China o impeça de algum dia obter acesso à tecnologia de satélite norte-americana de ponta, dada a desconfiança que Washington tem de Pequim.

Em novembro passado, o governo dos EUA aliviou suas regras de exportação para equipamentos de defesa, transferindo muitos componentes espaciais classificados automaticamente como munições pelo Departamento de Estado para a esfera do Departamento de Comércio, mais flexível com as exportações.

Autoridades norte-americanas dizem que 70 por cento do que se precisa para construir um satélite agora pode ser comprado dos Estados Unidos.

“Eles têm intenção de flexibilizar. Agora que mudou toda a conjuntura, a gente percebe que eles estão mais abertos, buscando a aproximação, e querendo voltar a ocupar o espaço que perderam para outros países”, acrescentou o coronel reformado Armando Lemos, atual diretor da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), grupo de lobby da indústria de defesa.

O administrador da agência espacial dos EUA (Nasa, na sigla em inglês), Charles Bolden, visitou o Brasil no início deste ano. Quando o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, esteve em Washington no mês passado, almoçou com o chefe interino da Nasa no Museu Espacial do Instituto

Smithsonian.

Rebelo disse à Reuters que as negociações com os EUA sobre os satélites estão “em andamento”, mas não quis dar maiores detalhes.

(Reportagem adicional de Roberta Rampton em Washington)

Fonte.






...
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#221 Mensagem por LeandroGCard » Ter Jun 16, 2015 9:28 am

É a nossa única esperança, que outros façam um programa espacial para nós enquanto ficamos sentados assistindo no Jornal Nacional :? .


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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#222 Mensagem por GIL » Qui Jul 09, 2015 11:54 am

BR-US - Condicionantes para a ajuda ao Brasil
A agenda que não tem sido publicada na aproximação com os Estados Unidos.


Júlio Ottoboni
Exclusivo DeesaNet

O acordo militar entre Brasil e Estados Unidos deve frear o entusiasmo de alguns países que vinham em franca aproximação com o mercado brasileiro. O desenvolvimento de produtos militares e no setor aeroespacial selou o destino de potenciais parceiros, como a Rússia e até mesmo as ambições da própria China em alguns segmentos tidos como vitais para o progresso dos entendimentos com os norte-americanos.

Uma das premissas básicas dos Estados Unidos, segundo especialistas ouvidos pelo DefesaNet, é o afastamento da Rússia do programa espacial brasileiro. Os EUA não querem os russos produzindo veículos de lançamento de satélites (VLS) e muito menos empregando tecnologia dos mísseis balísticos intercontinentais no Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, também é alvo prioritário dos norte americanos.

O acerto do Brasil com a Ucrânia, na formação da empresa binacional Alcantara Cyclone Space (ACS), para construção de foguetes em parceria, já soterrada pela crise, ganhou a pá de cal definitiva. Os mais de R$ 1 bilhão gastos durante os governos Lula e Dilma na inócua parceria estão, oficialmente, perdidos.

As possibilidade de se criar um consórcio no BRICS para uma estação espacial e desenvolvimento de satélites e lançadores espaciais contam com antipatia dos Estados Unidos. Apenas a Índia e a África do Sul poderiam desenvolver novas atividades com o Brasil na área espacial e bélica, porém acompanhada de perto pelos EUA, que seria uma espécie de tutor dos programas.

Quanto a Rússia, as possíveis intenções em se associar à empresas como a MECTRON e a AVIBRAS na produção de mísseis e de blindados, está totalmente vetada. Segundo os especialistas, alguns deles consultores da área de defesa, acreditam que a Rússia tentará ainda alguma investida no Brasil devido aos entendimentos tratados ao longo dos últimos anos com o governo de Dilma Rousseff. Um dos trunfos está na abertura de mercado para a carne brasileira entre outras commodities.

Uma parceria com a EMBRAER - cada vez mais improvável - também está completamente vetada. Esses indícios já foram expostos no ano passado, durante a visita do Vice-Premiê russo Rogozin, em dezembro último quando não foi recebido pela direção da ex-estatal brasileira. Os russos chegaram a sondar o mercado de helicópteros na expectativa de ter uma fábrica em solo brasileiro e recuaram ao avaliar o mercado sul americano e terem a notícia da chegada dos chineses.

Com isso a possibilidade do Brasil ter um cosmonauta, como foi o caso de oficial da FAB Marcos Pontes, treinado na NASA, mas não indo ao espaço por ter participado de uma missão russa chegou ao fim. Se o Brasil voltar a ter alguém em uma missão espacial deverá ser um cientista e formado nos quadros da agência espacial norte americana.

A retomada da ‘guerra fria’ forçou o governo de Barack Obama a pedir uma posição clara do governo brasileiro quanto ao lado que se posicionaria. Apesar das simpatias ao antigo regime da URSS, Dilma Rousseff viu que poderia perder muito mais que a instabilidade política diante de seu maior parceiro comercial.

Uma das condicionantes dos Estados Unidos para traçar um plano de auxílio na recuperação econômica brasileira, está na suspensão imediata de apoio brasileiro na manutenção de governos de esquerda como da Bolívia e da Venezuela, inclusive tanto no suporte político como econômico, com remessas de divisas para esses países a títulos de empréstimos, colaboração e mesmo investimentos em parcerias econômicas que levantem suspeitas sobre as verdadeiras finalidades.

A situação para a China é mais confortável, como a instalação da fábrica de helicópteros, a continuidade do programa de satélites com o INPE e a vinda da indústria automobilística, de tratores, polo vidreiro e de mecânica pesada para o país. A China tem os EUA como um grande parceiro comercial, mas deve manter-se distante de interesses maiores dos norte americanos na região, o que inclui a floresta amazônica e as reservas hídricas potáveis brasileiras.


:arrow: Legal, to vendo aqui uma serie de condições, porém nao observei que tipo de vantagens tangiveis a gente pode ter com isso.

Tampouco entendo porque devemos de permitir esse tipo de restrição a que possamos desenvolver com outros parceiros aquilo que não logramos desenvolver com eles, a India faz negocios com Russia e USA e não vejo eles aceitando esse tipo de coleira.

De todas formas cada dia sai uma noticia onde o reporter mija para um lado distinto, portanto até que nao vejamos nada de concreto, eu recolho essa noticia com pinças..

Outra coisa, pensava que o maior parceiro comercial do Brasil era a China, e nao USA como afirma o artigo.

Que facil seria fazer tudo isso sem a ajuda monetaria e tecnologica de ninquem
se nesse pais, corruptos e corruptores tivessem o mesmo destino que os que estão na China.




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#223 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jul 13, 2015 10:36 am

Segundo o site da própria Agência Espacial Brasileira Brasil e Rússia teriam assinado acordos de cooperação tecnológica na área espacial no dia 09/07/2015 ou seja, menos de uma semana atrás.

http://www.aeb.gov.br/brasil-e-russia-d ... ecnologia/

Mas eu até acredito que tenham sido sim assinados também acordos com os EUA com o conteúdo informado pelo artigo do Defesanet. Simplesmente o Brasil assina quaisquer acordos com qualquer um, sem nem prestar atenção no conteúdo do que está escrito, pois não pretende levar nada adiante de qualquer maneira. Estas assinaturas todas são apenas parte do cerimonial, para tornar as reuniões "mais oficiais", fingindo que serviram para alguma coisa, e depois nada jamais acontece.

Apenas mais um exemplo da seriedade e da importância do Brasil perante o restante mundo :roll: .


Leandro G. Card




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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#224 Mensagem por Wingate » Seg Jul 13, 2015 12:54 pm

Os foguetes que os americanos vão desenvolver em conjunto com o Brasil:

Imagem


Wingate :roll:




luisabs
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Re: A Evolução do Programa Espacial Brasileiro

#225 Mensagem por luisabs » Seg Ago 24, 2015 12:29 pm

Tomara que esta notícia não seja verdade:

http://www.defesanet.com.br/br_usa/noti ... om-os-EUA/




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