Notícias Espaciais (mundo afora)

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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#571 Mensagem por Marechal-do-ar » Sáb Dez 27, 2014 10:56 pm

É simples, tem um monte de gente com projeto de ir até Marte e a NASA ta uma zona.




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#572 Mensagem por LeandroGCard » Seg Jan 05, 2015 4:11 pm

Teste muito ousado da Space-X programado para amanhã. As chances de sucesso não são muito grandes (50%), mas é um primeiro passo para obter custos de satelitização ainda mais em conta. Vamos ver no que dá:

http://www.space.com/28156-spacex-darin ... bcast.html

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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#573 Mensagem por Skyway » Ter Jan 06, 2015 9:36 am

LeandroGCard escreveu:Teste muito ousado da Space-X programado para amanhã. As chances de sucesso não são muito grandes (50%), mas é um primeiro passo para obter custos de satelitização ainda mais em conta. Vamos ver no que dá:

http://www.space.com/28156-spacex-darin ... bcast.html

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Foi abortado o lançamento...aff :lol:




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#574 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Fev 14, 2015 1:57 pm

Portugal vai ter laboratório para testar reentrada de naves espaciais na atmosfera


Laboratório funcionará num edifício semienterrado, construído de raiz no Campus Tecnológico e Nuclear do Instituto Superior Técnico, em Sacavém, onde existe o reator nuclear português.

Portugal vai ter, a partir de março, um laboratório para testar a reentrada de veículos espaciais na atmosfera terrestre, um projeto financiado pela agência espacial europeia ESA que irá funcionar no Instituto Superior Técnico (IST). Trata-se da "maior instalação de pesquisa espacial em Portugal" e do "maior investimento da ESA" num equipamento em Portugal, disse à Lusa o coordenador do projeto, Mário Lino da Silva.

O Laboratório de Plasmas Hipersónicos, que será inaugurado a 4 março, começa a estar operacional no verão, depois de feitos os primeiros testes, incluindo de segurança, e representa um investimento de dois milhões de euros, a maior parte suportado pela agência espacial europeia.

De acordo com Mário Lino da Silva, investigador do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear do IST, o laboratório é a "maneira mais fiel", e barata, "de reproduzir as condições de reentrada na atmosfera terrestre", para efeitos de construção de naves espaciais para futuras missões a outros planetas. Fisicamente, o laboratório funcionará num edifício semienterrado, construído de raiz no Campus Tecnológico e Nuclear do IST, em Sacavém, onde existe o reator nuclear português.

Numa parte do edifício, numa espécie de "bunker", a cerca de seis metros de profundidade, está um canhão de ar gigantesco, de 16 metros de comprimento, feito em aço de alta resistência (para resistir a explosões). Na prática, é um tubo de choque, composto por uma câmara de alta pressão e outra de baixa pressão, separadas por uma membrana, que se rompe a uma temperatura e a uma pressão extremamente elevadas.

Um gás, obtido a partir de uma mistura de hidrogénio, oxigénio e hélio, aquece a 2.500 ºC e a uma pressão de 600 atmosferas, na câmara de alta pressão, e depois expande-se ao longo do tubo, a baixa pressão, criando uma onda de choque, que irá dar origem a um plasma hipersónico, um gás ionizado que atinge uma velocidade superior a dez quilómetros por segundo (mais de 30 vezes a velocidade do som) e uma temperatura acima dos 10.000 ºC.
O efeito gerado "simula" a reentrada na atmosfera terrestre.

"Este tubo de choque vai permitir não só apoiar missões de reentrada na Terra, mas também de entrada na atmosfera de outros planetas, como Vénus, Marte", assinalou Mário Lino da Silva, acrescentando que o laboratório irá estudar também, no futuro, os riscos associados à queda de meteoritos na Terra. Segundo o docente, o plasma hipersónico emite uma grande radiação e o seu estudo "permite dimensionar as proteções térmicas dos veículos espaciais de reentrada, de maneira a evitar que estes ardam durante a sua entrada numa atmosfera planetária".

Na quarta-feira, a agência espacial europeia lançou, com sucesso, um protótipo de uma nave, o Veículo Intermediário Experimental, o IXV na sigla inglesa, para testar novos sistemas de aerodinâmica, proteção térmica e navegação automática, de modo a serem usados no desenho de futuros veículos espaciais reutilizáveis capazes de regressar à Terra de forma autónoma e de aterrar intactos.

"O IXV regressou à Terra a 7,5 quilómetros por segundo porque estava na órbita [terrestre], mas, se viermos de outros planetas, podemos entrar [na atmosfera terrestre] a 10 ou 12 quilómetros por segundo", assinalou Mário Lino da Silva, lembrando que "uma trajetória" feita pelo Veículo Intermediário Experimental, com tecnologia portuguesa, foi mais cara do que o laboratório, "custou 150 milhões de euros".

O Laboratório de Plasmas Hipersónicos vai assistir, durante 20 anos, as campanhas experimentais da ESA, que tenciona colocar, em 2016, um robô em Marte.
Na conceção do tubo de choque participaram diversas empresas portuguesas. O Instituto Superior Técnico, além de coordenar cientificamente o projeto, contribuiu com 250 mil euros para a construção do edifício do laboratório.

Portugal é Estado-Membro da agência espacial europeia desde 2000.

Lusa




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#575 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Fev 25, 2015 9:44 am

Russos vão manter em órbita parte da ISS para futuras missões lunares
A Estação Espacial Internacional pode ser um dos projetos mais ambiciosos das últimas décadas, mas tem os dias contados. No entanto a Rússia pretende manter operacional a sua parte no projeto para ir à Lua em 2030.

Está previsto que a Estação Espacial Internacional (ISS na sigla em inglês) mantenha funções e fique em órbita até 2024. Mas os russos podem ter um plano diferente para os módulos próprios que integram o projeto. A ideia passa por construir uma estação espacial só russa e que possa assegurar um ponto estratégico em futuras missões de exploração espacial.

A decisão foi tomada pela Agência Espacial da Federação Russa (ROSCOSMOS na sigla em inglês), depois de recentemente também já ter alargado o período de funcionamento da atual ISS de 2020 para 2024. Apesar dos planos, os russos dizem que não financiarão a estação espacial depois de 2020.

Agora a decisão tomada em janeiro parece ganhar mais sentido já que os russos podem estar em “poupanças” para avançarem com o seu próprio projeto. Recorda-se que a Rússia já teve uma estação espacial, a MIR, mas que foi desativada em 2001.

Em comunicado a ROSCOSMOS diz que está nos planos um estudo à Lua através de naves não tripuladas e que em 2030 "estará preparada para uma missão tripulada à Lua".

Fica no entanto aberta a possibilidade de o projeto não avançar nestes moldes, pois serão necessários mais estudos sobre as possibilidades financeiras do país em avançar com esta estratégia de exploração espacial.

Com os módulos russos pertencentes à ISS o país atualmente liderado por Vladimir Putin espera manter uma posição no espaço - numa altura em que o grande país "rival", os EUA, têm todos os focos apontados para Marte.

Isto numa altura em que alguns especialistas acreditam que uma grande fonte de recursos poderá vir de fora da Terra, através da mineração e exploração de asteróides e outros corpos celestes.


:arrow: http://tek.sapo.pt/noticias/negocios/ru ... 32271.html




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#576 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Mar 11, 2015 1:00 pm





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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#577 Mensagem por P44 » Sáb Mar 28, 2015 1:08 pm

Rússia e NASA anunciam planos para nova estação espacial

AFP

28/03/2015 - 15:53

Estrutura irá substituir Estação Espacial Internacional. Projecto é aberto a outros países, mas Rússia ainda vai “estudar” a ideia.

O director da agência espacial russa, Roscosmos, anunciou neste sábado um plano para construir uma nova estação espacial em parceria com a NASA, a agência espacial dos Estados Unidos. A nova estação, a acontecer, irá substituir a Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), que estará activa pelo menos até 2024.

“A Roscosmos e a NASA vão trabalhar num programa para uma estação espacial futura”, disse Igor Komarov, director da agência espacial russa no cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, ao lado de Charles Bolden, administrador da NASA.

“Acordámos que o grupo de países que participa no projecto da ISS trabalhe igualmente para um projecto futuro”, acrescentou, citado pela agência Interfax. Segundo Igor Komarov, o projecto de uma nova estação espacial será “aberto” e poderá incluir a participação de países que não estão actualmente envolvidos na exploração da ISS.

A Rússia e a NASA aceitaram recentemente continuar a explorar e a financiar a Estação Espacial internacional até 2024, mas os futuros projectos comuns mantiveram-se incertos devido à deterioração das relações entre os dois países depois da crise ucraniana.

“A primeira etapa é a exploração da ISS até 2024”, explicou o responsável russo, acrescentando que nem a Roscosmos nem a NASA “excluem a possibilidade de o tempo de vida da estação seja prolongado” para lá dessa data. A Rússia chegou a ameaçar retirar-se do projecto da ISS após 2020 e de construir a sua própria estação espacial em 2024.

Já o vice-primeiro ministro russo, Dmitri Rogozine, responsável pelo sector espacial, foi mais prudente do que Igor Komarov. “O governo russo vai estudar os resultados das conversações entre a Roscosmos e a NASA. As decisões serão tomadas mais tarde”, escreveu no Twitter.

Na sexta-feira, uma nave espacial chegou com sucesso à ISS, levando a bordo um astronauta norte-americano e dois cosmonautas russos. O astronauta Scottt Kelly e o cosmonauta Mikhail Kornienko irão ficar durante 12 meses na ISS para missão inédita que avaliará o efeito da microgravidade na fisiologia humana. Os resultados serão importantes para missões futuras como uma viagem a Marte.

Após ter sido colocada em órbita, em 1998, a ISS tem sido largamente financiada pela Rússia e pelos Estados Unidos. Cada um dos dois países depende do outro e a cooperação espacial é um dos raros domínios em que as relações se mantêm intactas.

http://www.publico.pt/ciencia/noticia/r ... al-1690672




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#578 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Abr 14, 2015 8:36 am

Investigação portuguesa para transformar urina em eletricidade e fertilizantes interessa à NASA


Apenas utilizando a urina poderá produzir-se energia para iluminação, para ligar eletrodomésticos ou para acionar bombas de água em alguns países de África.
Investigadores da Universidade do Minho estão a produzir fertilizantes e eletricidade com urina humana, um projeto que despertou interesse junto da NASA e que, segundo os autores, pode revolucionar regiões remotas.

Apenas utilizando a urina poderá, por exemplo, produzir-se energia para iluminação, para ligar eletrodomésticos ou para acionar bombas de água em alguns países de África. Luciana Peixoto, uma das investigadoras ligadas ao projeto, diz que em países com pouco sol pode produzir-se, por exemplo, iluminação de jardim. Em certas comunidades, diz, não só se elimina um possível foco de doenças, a urina, como se criam fertilizantes e ainda se produz eletricidade. Segundo Luciana Peixoto, o interesse da NASA relaciona-se com o possível aproveitamento da urina dos astronautas para produzir fertilizantes para plantas no espaço

A investigadora, do Centro de Engenharia Biológica, da Universidade do Minho, não sabe dizer a quantidade de urina necessária, mas garante que com 300 mililitros se conseguem produzir dois volts (o equivalente a uma pilha das mais pequenas, que põe a trabalhar um relógio de parede simples) contínuos durante 30 a 45 dias. Com cinco carrega-se um telemóvel, com 20 um computador.

O projeto, já com dois anos, tem parceiros a desenvolver a parte virada para a indústria, estando a decorrer uma fase de testes utilizando 300 litros de urina.
Um trabalho de investigação que a par de dezenas de outros está hoje e sábado a ser apresentado no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, no âmbito do primeiro Festival Nacional de Biotecnologia, uma iniciativa internacional coordenada pela Association of Science-Technology Centers e que tem estreia mundial em Portugal.
A urina humana é muito rica em fósforo e matéria orgânica e "tem tudo o que precisamos para produzir fertilizantes e eletricidade" explica Luciana Peixoto à Lusa, acrescentando que, além do fósforo, tem azoto, magnésio e amónio.

Para fazer o fertilizante a urina é deixada durante seis dias, adicionando-se depois magnésio para aumentar a velocidade de depósito. Após esse prazo há uma concentração rica em fósforo (excretado pela urina porque existe nos alimentos, muitos deles com fertilizantes a mais) e depois, em 30 minutos, esse concentrado é transformado em pó ou em grânulos, um fertilizante, segundo a responsável, mais rico em fósforo do que qualquer fertilizante comercial.

"Estamos a fazer testes toxicológicos e de germinação", diz a investigadora, mostrando pequenas caixas onde alfaces começam a germinar numa solução com o fertilizante feito a partir da urina. E acrescenta: "acreditamos que iremos ter uma produção semelhante à de uma com o fertilizante comum". Quanto à produção de eletricidade a explicação é muito mais técnica: "com a urina que sobra, com grande fonte de carbono e glicose, introduzimos numa célula de combustível microbiana, com bactérias eletroativas que degradam as fontes de carbono...".

Luciana Peixoto está entusiasmada. Acredita que "otimizando o sistema" chegará a uma produção assinalável de energia através da urina.
E mostra um pequeno led a piscar, acionado pela energia extraída de um pote com "lama do jardim". "Está a produzir assim continuamente há meses", diz, para logo acrescentar: "mas a urina é muito melhor".

Lusa




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#579 Mensagem por cabeça de martelo » Qui Abr 16, 2015 8:03 am





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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#580 Mensagem por LeandroGCard » Qui Abr 16, 2015 9:39 am

O interessante deste foguete Vulcan é que seria a primeira aplicação prática em maior escala do metano como combustível. Isso trás uma pequena complicação pelo fato do metano ter que ser manipulado à baixas temperaturas (enquanto o querosene pode ser usado na temperatura ambiente), mas como o oxidante é o oxigênio líquido que também precisa de um resfriamento até maior o inconveniente nem é tão grande assim. E isso elimina a necessidade de processar especialmente o combustível como no caso do querosene, que precisa ser transformado para o grau RP.

Outro ponto a notar é como a ULA, que em princípio seria a principal fabricante americana de foguetes espaciais, não assume mais a responsabilidade de desenvolvimento de motores-foguete. Ao invés disso ela hoje utiliza motores russos, e neste novo foguete vai usar o motor desenvolvido por uma empresa nova e (relativamente) pequena. Definitivamente o desenvolvimento de motores-foguete no mundo desenvolvido não é mais considerado uma fronteira da tecnologia.


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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#581 Mensagem por LeandroGCard » Qui Abr 16, 2015 2:02 pm

Estes camaradas da Space X são muito loucos :shock: ! A notícia não é de todo nova, mas eu não havia ainda visto o vídeo.

Notícia: http://oglobo.globo.com/sociedade/tecno ... o-15892404


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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#582 Mensagem por joao fernando » Qui Abr 16, 2015 2:58 pm

Mas Leandro, não custa mais barato ser descartável? Pq se os USA estivessem com o Saturno 5 ainda, já estaríamos em Marte faz tempo. Em vez disso a cada missão dos Shuttle, se gastava uma naba de grana para revisar e reparar cada nave




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#583 Mensagem por LeandroGCard » Qui Abr 16, 2015 4:15 pm

No geral é mesmo mais barato ser descartável, desde que a construção não seja muito sofisticada. Mas no caso específico dos americanos eles estão acostumados a buscar a máxima eficiência dos seus foguetes, e para isso utilizam materiais e técnicas de construção relativamente caros, além de motores mais sofisticados. O custo é grande (bem maior que o dos foguetes russos por exemplo), então eles estão buscando formas de reaproveitar pelo menos parte dos foguetes, como os motores.

Minha opinião pessoal é de que eles deveriam fazer algo como as primeiras versões do Atlas, que descartava dois dos três motores do seu primeiro estágio durante o lançamento. Um lançador moderno poderia descartar alguns dos motores principais, os quais poderiam ser de fato maiores e mais poderosos, e que desceriam de paraquedas pousando no mar para serem recuperados. A estrutura, os motores que permanecessem ligados ao primeiro estágio e os estágios seguintes seriam descartados.

Mas esta é só uma ideia minha. O que a Space X está testando é uma forma de recuperar o primeiro estágio inteiro para reutilização, sem que ele tenha sofrido nenhum impacto nem tido contato com água salgada. É algo de fato muito ambicioso. Vamos ver se vai funcionar e se vai valer mesmo à pena.


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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#584 Mensagem por joao fernando » Qui Abr 16, 2015 4:24 pm

LeandroGCard escreveu:No geral é mesmo mais barato ser descartável, desde que a construção não seja muito sofisticada. Mas no caso específico dos americanos eles estão acostumados a buscar a máxima eficiência dos seus foguetes, e para isso utilizam materiais e técnicas de construção relativamente caros, além de motores mais sofisticados. O custo é grande (bem maior que o dos foguetes russos por exemplo), então eles estão buscando formas de reaproveitar pelo menos parte dos foguetes, como os motores.

Minha opinião pessoal é de que eles deveriam fazer algo como as primeiras versões do Atlas, que descartava dois dos três motores do seu primeiro estágio durante o lançamento. Um lançador moderno poderia descartar alguns dos motores principais, os quais poderiam ser de fato maiores e mais poderosos, e que desceriam de paraquedas pousando no mar para serem recuperados. A estrutura, os motores que permanecessem ligados ao primeiro estágio e os estágios seguintes seriam descartados.

Mas esta é só uma ideia minha. O que a Space X está testando é uma forma de recuperar o primeiro estágio inteiro para reutilização, sem que ele tenha sofrido nenhum impacto nem tido contato com água salgada. É algo de fato muito ambicioso. Vamos ver se vai funcionar e se vai valer mesmo à pena.

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Pois é. Me atenho aos custos: desmontar, revisar, checar, testar. O custo será maior que o descartavel




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Re: Notícias Espaciais (mundo afora)

#585 Mensagem por LeandroGCard » Qui Abr 16, 2015 4:59 pm

joao fernando escreveu:Pois é. Me atenho aos custos: desmontar, revisar, checar, testar. O custo será maior que o descartavel
De fato, historicamente tem sido assim mesmo.

É até um pouco irônico. A tentativa de usar motores reutilizáveis nos ônibus espaciais acabou fazendo com que o preço de cada motor ficasse absurdamente elevado, não só pelos custos de revisão mas também pela baixa escala de produção. Isto tornou o investimento inicial maior, impactando também os custos por lançamento, e quando o número de lançamentos praticável não atingiu os níveis imaginados (que se sonhava chegariam a um por semana) o conceito inteiro do sistema tornou-se anti-econômico. Ele só foi mantido por tanto tempo em operação por falta de alternativas (que aliás não estão disponíveis até hoje).

Já li alguns estudos que apontam que o melhor caminho para reduzir os custos dos lançamentos espaciais seria justamente aumentar a escala de produção dos componentes, o que implicaria em mais lançamentos de foguetes menores com mais motores também menores e menos sofisticados por foguete. Mas todo mundo segue o caminho contrário, porque os custos de cada lançamento individual são bancados por programas separados (sejam eles privados ou governamentais) e do ponto de vista de um único programa é melhor colocar mais carga em órbita por lançamento (principalmente para garantir uma maior durabilidade do satélite).


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