Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#271 Mensagem por Sávio Ricardo » Qua Mai 30, 2012 8:08 am

Tomara que não funcione apenas no computador. :roll:





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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#272 Mensagem por Marino » Qua Mai 30, 2012 12:54 pm

Ainda não acabei de ler todo o documento, mas já posso recomendar.





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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#273 Mensagem por Marino » Seg Jun 18, 2012 4:47 pm

César Kuberek, Thales America Latina: Elegemos a Omnisys como a base industrial Thales no Brasil
Kuberek_ThalesBrasil
15/06/2012

(Infodefensa.com) R. Caiafa, París - Uma série de empresas brasileiras, em associação com grandes grupos internacionais, vem somando esforços para atender aos requisitos do complexo planejamento de Defesa de governo. A Thales, importante grupo industrial francês com mais de quarenta anos de atuação no continente sul-americano, instituiu em 2011 uma sólida parceria com o grupo empresarial brasileiro Andrade Gutierrez, de modo a atender as necessidades dos programas estratégicos em curso como o SISGAAZ (Vigilância da Amazônia Azul), o SISFRON (Vigilância de Fronteiras), o FX-2 (escolha do novo vetor de combate da Força Aérea Brasileira), o Prosuper (novos navios escoltas, patrulhas oceânicos e navios logísticos), as demandas que envolvem os grandes eventos como a Copa do Mundo FIFA 2014 e as Olimpíadas de 2016, dentre outros.

A Thales também adquiriu na sua totalidade, neste mesmo ano, a empresa brasileira de alta tecnologia Omnisys, comprovando assim que veio para ficar. Infodefensa conversou em Paris durante Eurosatory 2012, mais importante feira do segmento terrestre de defesa, com o vice presidente da Thales para a América Latina, o argentino César Kuberek, e diretores regionais de alguns países sulamericanos.

Kuberek acredita que o Brasil é "uma oportunidade muito importante industrial", tanto que "optámos por Thales Omnisys como base industrial no país”.

Sobre a presença da empresa no Brasil, o executivo declarou “esta é uma ótima oportunidade para reunirmos nosso pessoal e promovermos nossas capacidades na área de defesa e segurança. Eurosatory é um evento focado no mercado de defesa, mas encontramos aqui ótimas oportunidades para mostrar nossas competências na área de segurança, pois na atualidade estes são mercados que se complementam em muitos momentos, já que utilizamos muitas tecnologias duais, desenvolvidas inicialmente para uso militar e que depois migram para o meio civil, como por exemplo, nossas tecnologias de C4I (comando, controle, comunicações, computação e inteligencia)”.

Falando especificamente do Brasil, os programas em curso envolvem a necessidade de integração com outros países sul-americanos. “Se considerarmos a grande extensão da fronteira terrestre brasileira, isso para citar o SISFRON como exemplo, veremos que os problemas que o governo brasileiro enfrenta nesta aérea são muito semelhantes, senão idênticos, aos dos seus vizinhos”, segundo Kuberek, “o tráfico de drogas, evasão de recursos naturais, o contrabando, a presença de grupos armados que atuam na ilegalidade e outros males requerem uma linha de ação que não pode ser única, mas compartida entre todos, especialmente na região amazónica”.

Saindo na frente, o governo brasileiro identificou a necessidade de modernizar alguns recursos já existentes e adquirir outros, tendo como base a transferência de tecnologias e a fabricação local de diversos sistemas e componentes, tudo objetivando expandir a sua indústria de defesa e assegurar melhores níveis de proteção efetiva de seu imenso território.

“Para nós, esta é uma oportunidade industrial muito importante, pois possuímos as capacidades requeridas pelos brasileiros, sabemos como fazer e estamos preparados para trabalhar lado a lado, tanto que elegemos a Omnisys como a base industrial Thales no País”, explica o executivo.

Indo além, “entendemos que existe um enorme potencial de exportação destes produtos e serviços para outras nações do continente, portanto nossa presença no Brasil não se limita a execução destes programas, estamos aqui para trabalhar lado a lado por um longo prazo, identificando carências e integrando as soluções necessárias, talhadas sob medida para cada cliente, tanto desenvolvidas por nós na sua totalidade como trabalhando em conjunto com outros grandes grupos empresariais escolhidos pelo governo brasileiro”, continua Kuberek.

O Brasil hoje está reconhecidamente em uma posição de liderança nas relações políticas entre os países sul-americanos, projetando sua influência até mesmo além mar no continente africano. A visão brasileira, baseada em uma postura não expansionista, busca a proteção mútua e isso é amplamente reconhecido pelos países da região. Cada nação tem a liberdade de escolher seus parceiros estratégicos e seus fornecedores de material de defesa. O caminho para se integrar estas capacidades está sendo claramente demonstrado pelo Brasil, que hoje possui uma forte parceria com a França, por exemplo, mas também adquire material e tecnologias de origem estadunidense, inglesa, alemã, etc.

O que o Brasil possui hoje e que o coloca na vanguarda tecnológica do continente é a capacidade de “saber fazer”. “Para nós, a Omnisys tem sido fundamental neste processo, pois a Thales está capacitando seus pessoal não só entender as tecnologias e como utilizá-las, mas também como saber fazer. A empresa já fornece radares de banda L para o mercado mundial, sendo considerada um centro internacional de excelência em P&D e responsável pela transferência de tecnologia prevista para grandes programas a serem lançados no Brasil nos próximos anos”, explica Kuberek.

A Omnisys tem atuado lado a lado com grandes centros de pesquisas acadêmicos brasileiros em projetos como antenas de radares, equipamentos transmissores e receptores, microondas, servomecanismos, sensor de estrelas, guerra eletrônica ou mesmo subsistemas de satélites, dentre outras dezenas de atividades que envolvem avançadas tecnologías.

“Nossa forma de integrar é aberta, pois não estamos sozinhos no mundo. Integramos elementos de comunicação e centros de controle, por exemplo, nosso sistema tático de intercomunicação digital Sotas está presente em veículos militares de diferentes nacionalidades conectando rádios e outros recursos produzidos por outras empresas, com total confiabilidade e resistência. Se lançarmos um olhar sobre a questão de infra-estruturas críticas a Thales também oferece sistemas de controle e gestão de segurança pública utilizados para proteção da indústria de óleo e gás e outros setores econômicos estratégicos”, disse Kuberek.

O sistema em parceria com empresas mexicanas para a vigilância da Cidade do México é tido como o maior do mundo na atualidade. Thales oferece soluções de controle de tráfego aéreo, de comunicações, de segurança de aeroportos e estádios, de segurança de grandes áreas urbanas, de sinalização e controle de sistemas ferroviários, dentre outras demandas, todas construídas passo a passo com as necessidades do cliente.

Como indústria, “a Thales é hoje uma empresa das mais capazes no mundo na implementação de soluções integradas de defesa e seguridade. Exatamente por isso, entendemos claramente as necessidades brasileiras de curto, médio e longo prazo em todas estas áreas citadas e em muitas outras. Estamos no campo de batalha com sistemas de comando e controle, comunicações, direção de artilharia, armamentos de infantaria sofisticados, optrônicos e sensores dos mais variados, aeronaves remotamente pilotadas e no apoio logístico das tropas, de forma eficiente e flexível, de acordo com os requisitos customizados pelo cliente. Para nós da Thales, esta é a melhor forma de definir nossas múltiplas capacidades: saber fazer”, concluiu.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#274 Mensagem por Snowmeow » Ter Jun 19, 2012 10:34 am

Escute, não tava proibida a aquisição de mais de 49% de empresas brasileiras por capital estrangeiro? Ou essa aquisição da Omnisys pela Thales foi antes da lei ser sancionada?




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#275 Mensagem por Brasileiro » Ter Jun 19, 2012 10:51 am

Snowmeow escreveu:Escute, não tava proibida a aquisição de mais de 49% de empresas brasileiras por capital estrangeiro? Ou essa aquisição da Omnisys pela Thales foi antes da lei ser sancionada?
Foi antes, bem antes....

E nao e exatamente isso a lei, de definitivamente `proibir` a venda de empresas ou acoes. A empresa tem de atender a certos requisitos, ser considerada `estrategica`, o que nao deve incluir tantas empresas, como a Avibras, Mectron, Embraer, Opto e mais algumas outras.



abraços]




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#276 Mensagem por Snowmeow » Ter Jun 19, 2012 12:15 pm

A Optovac já era, também. Também foi antes?




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#277 Mensagem por Boss » Ter Jun 19, 2012 12:30 pm

Só para relembrar sobre a lei, um post meu nesse mesmo tópico.
Boss escreveu:A Lei nº 12.598 e o mercado de defesa
Monica P. Cavalcanti e Luciana V. Pereira


O mercado brasileiro para a indústria de defesa está passando por uma revolução estrutural em decorrência da recente publicação da Lei nº 12.598, de 22 de março de 2012. Isso porque, a partir de sua publicação, as licitações e contratações de produtos e serviços estratégicos de defesa passam a poder ser restritos a empresas credenciadas como empresa estratégica de defesa (EED). Dentre os requisitos previstos para tal credenciamento, o que vem gerando maior polêmica é a restrição ao exercício do direito de voto em assembleias de sócios ou acionistas.

De acordo com a lei, para requerer o credenciamento perante o Ministério de Defesa como uma EED, a empresa deve ter em seu objeto social atividades de pesquisa, produção, industrialização, manutenção, venda e revenda de produtos estratégicos de defesa, no país; ser sediada no país e aqui ter seu estabelecimento industrial e administração; dispor de comprovado conhecimento científico ou tecnológico;e assegurar, em seus atos constitutivos ou nos de seu controlador, que o conjunto de sócios ou acionistas e grupos de sócios ou acionistas estrangeiros não possam exercer em cada assembleia geral número de votos superior a dois terços do total dos votos que puderem ser exercidos pelos acionistas brasileiros presente (artigo 2º, IV).

A definição de acionistas brasileiros não deixa brechas. Para ser considerada brasileira, a pessoa jurídica deverá ter controle exercido por pessoas naturais brasileiras, natas ou naturalizadas, não se admitindo sócio controlador estrangeiro (artigo 2º, XI). A lei vai além, reforça e deixa mais clara ainda a definição de acionistas brasileiros ao dispor que sócios ou acionistas estrangeiros são as pessoas, naturais ou jurídicas, os fundos ou clubes de investimento e quaisquer outras entidades não compreendidas dentro das hipóteses especificamente apontadas no texto da lei.





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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#278 Mensagem por lucianor85 » Qua Jun 20, 2012 9:33 am

Isso quer dizer que a empresa, para gozar dos benefícios por ser EED, ela precisa preencher tais requisitos de acionistas, controle, etc. Mas creio que é um erro dizer que TODAS as empresas necessitem ser EED. Mesmo os sistemas mais complexos e estratégicos necessitarão de bens e serviços que a indústria nacional está longe de poder fornecer.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#279 Mensagem por Marino » Qua Jun 27, 2012 11:53 am

NACIONAL
Dilma lança hoje o ‘PAC de compras do governo’ para tentar reanimar
a economia
O objetivo do governo é acelerar suas próprias compras com a avaliação de que elas poderão dar
um estímulo adicional aos investimentos e melhorar o desempenho PIB
Renata Veríssimo e Célia Froufe, da Agência Estado
BRASÍLIA - Com caráter de urgência, o governo decidiu usar mais uma arma para tentar contraatacar
o marasmo da atividade econômica. Desta vez, vai acelerar suas próprias compras com a
avaliação de que elas poderão dar um estímulo adicional aos investimentos e, com isso, melhorar o
desempenho do Produto Interno Bruto (PIB). A porta-voz das medidas será a presidente Dilma Rousseff
e a solenidade, prevista para o fim da manhã de hoje, ganhou o nome de "PAC Equipamentos -
Programa de Compras Governamentais".
A divulgação dos novos estímulos à economia foi antecipada ontem pelo ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel. Ele não deu detalhes, mas tratou as
medidas como um "pacote". O Estado apurou que o governo deseja antecipar compras que já estavam
previstas dando preferência à indústria nacional, principalmente em setores capazes de dar mais
dinamismo à indústria, como Saúde, Defesa e Educação. "É uma ação emergencial", disse uma fonte.
A ideia é acelerar os investimentos na compra de maquinários para projetos do Programa de
Aceleração de Crescimento (PAC). Sem os recursos aplicados no Minha Casa, Minha Vida, os
investimentos no PAC registraram queda nos primeiros quatro meses do ano. Pimentel enfatizou que o
governo já fez muita coisa para estimular a economia por meio do aumento do consumo, mas que agora
está focando suas forças na alavancagem dos investimentos.
Preferência. Além de poder antecipar aquisições já previstas no Orçamento, na hora das
compras poderá ser usado o mecanismo de margem preferencial, pela qual se pode pagar até 25% mais
caro se o produto for "made in Brasil". Por esse mecanismo, o governo pode adquirir produtos de setores
como têxtil e calçados. Um exemplo é a intenção do governo de desembolsar R$ 1,29 bilhão na compra
de milhares de tratores.
A implantação das medidas visa a um crescimento no curto prazo. A expectativa do governo é
que a taxa de expansão do PIB este ano fique acima dos 2,7% vistos no ano passado, apesar das
previsões mais pessimistas do mercado.
O governo conta com o efeito das medidas de estímulo à indústria anunciadas no Plano Brasil
Maior, em abril. Outro fator que tem jogado a favor, na avaliação oficial, é o dólar no patamar de R$ 2,00,
que encarece produtos importados e estaria favorecendo compras no mercado nacional.
A queda da inflação também pode ajudar a estimular a economia, avalia o governo. Com a
convergência da inflação para o centro da meta estipulada pelo governo para este ano (4,5%), o Banco
Central tem espaço para continuar a cortar a taxa básica de juros, Selic.
===========================================================
Saúde, defesa e educação são alvos de incentivo
Governo poderá beneficiar aparelhos de tomografia e de hemodiálise nacionais; lista de produtos
inclui também maior aquisição de máquinas agrícolas
Lígia Formenti e Iuri Dantas, da Agência Estado
BRASÍLIA - O setor de equipamentos de saúde, defesa, máquinas agrícolas e ônibus escolares
fazem parte da política de incentivo para produção e inovação do governo federal. A ênfase será dada
para máquinas produzidas no País para diagnóstico e tratamento de pacientes. Elas poderão ser
compradas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com preços até 25% superiores que seus concorrentes
estrangeiros.
Quanto maior a complexidade tecnológica e a relevância do equipamento para o SUS, maior o
porcentual permitido.Aparelhos de tomografia e de hemodiálise nacionais integram a lista de produtos
que serão atendidos pelo programa.
Os benefícios para o setor de equipamento em saúde vão além da preferência nas compras
públicas. Está prevista a criação de uma linha de empréstimo no Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico Social (BNDES), com valor ainda a ser definido, para que Estados e Municípios renovem
equipamentos hospitalares. Esses equipamentos não são os primeiros a receber tratamento diferenciado
nas compras públicas. Em abril, na expansão do Plano Brasil Maior, medicamentos, fármacos e insumos
estratégicos produzidos no País ganharam prioridade nas licitações, com margem de preferência de até
25%.
Em abril, foram beneficiados 126 produtos, dos quais 78 eram medicamentos. "Para o setor, é
um benefício importantíssimo", avaliou o presidente da Cristália, Ogari Pacheco. Ele conta que, desde
que as novas regras entraram em vigor, a empresa ingressou em uma licitação em que poderia pleitear o
benefício de preço maior do que empresas estrangeiras. "Mas como o edital não estava claro, pedimos
esclarecimentos, para evitar uma eventual impugnação."
Máquinas agrícolas. No setor de máquinas agrícolas, o governo planeja gastar R$ 1,29 bilhão.
A licitação deve ser lançada ainda neste ano, segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe
Vargas. O objetivo é melhorar as estradas vicinais, reduzindo o custo de frete. "Quando compro de uma
empresa nacional, incremento a massa salarial, aumento o retorno sobre o capital, criamos mais vagas
de emprego e incremento a arrecadação de impostos", disse o ministro. Ao todo, serão adquiridas 3.591
retroescavadeiras e 1.300 motoniveladoras, que serão doados a prefeituras.
A área de Educação também será contemplada no pacote de hoje. O governo pretende comprar
ônibus e carteiras escolares.O Planalto também vem preparando um regime especial de tributação para
a área de Defesa. Procurado, o ministério não respondeu ao pedido de entrevista.




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#280 Mensagem por Marino » Qua Jun 27, 2012 11:54 am

PANORAMA POLÍTICO
Ilimar Franco
CENTRALIZAÇÃO. O Plano de Política de Compras Governamentais que a presidente Dilma
anuncia hoje foi inspirado na Secretaria de Compras do Ministério da Defesa, criada em março de 2010,
no governo Lula, na gestão do ex-ministro Nelson Jobim. A medida retira, na prática, parcela da
autonomia dos Ministérios. E, ao adotar o conteúdo nacional como critério de desempate nas
concorrências, há o risco de fechamento do mercado aos produtos estrangeiros.




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brisa

Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#281 Mensagem por brisa » Qua Jun 27, 2012 11:55 am

Interessante a notícia.....

Amanecera y veamos.... :roll:




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#282 Mensagem por Marino » Qua Jun 27, 2012 12:01 pm

Dilma anuncia hoje medidas para injetar até R$ 6 bi na economia
Plano prevê estímulo à compra de produtos nacionais por órgãos do governo
Geralda Doca e Luiza Damé
BRASÍLIA e SÃO PAULO. O governo lança hoje o Plano de Políticas de Compras
Governamentais, que vai injetar na economia entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões. É mais um esforço para
turbinar a atividade econômica, que está quase estagnada. Numa cerimônia com muitos convidados -
empresários e políticos de diversas regiões do país -, a presidente Dilma Rousseff anunciará que o setor
público vai antecipar as encomendas de vários ministérios, programadas para ocorrer ao longo dos
próximos meses. O objetivo é estimular o setor produtivo, retraído por conta da crise, a fazer o mesmo.
A expectativa é que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, também anuncie a prorrogação da
redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para eletrodomésticos da linha branca, móveis
e produtos elétricos, como luminárias e lustres, que vence no sábado. O setor espera que o incentivo
vigore até o fim do ano. A lista de materiais de construção que já conta com o benefício também deverá
ser ampliada. Um dos pilares do plano é dar preferência ao produto nacional no fornecimento ao setor
público, principalmente nas áreas da saúde, educação, agricultura e defesa. Para isso, o governo vai
ampliar a lista de itens que podem ser comprados por até 25% mais, como medicamentos para para o
Sistema Único de Saúde (SUS). Outros itens como equipamentos hospitalares devem ser beneficiados.
Também está prevista uma nova linha do BNDES para financiar compras de equipamentos hospitalares
por estados e municípios.
Entre as compras do poder público que receberão incentivos estão lançadores de foguetes e
mísseis, blindados e caminhões para as Forças Armadas
. Os municípios também devem receber
incentivos para a compra de retroescavadeiras, motoniveladoras e equipamentos agrícolas. Na área da
educação, o plano prevê repasses de recursos do Orçamento para a construção de quadras esportivas e
compra de mobiliário e ônibus escolares, via Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
No evento, os prefeitos vão assinar termos de compromissos para tocar os empreendimentos -
em ano de eleições municipais. A meta do Planalto é construir até 2014 cerca de seis mil novas quadras
escolares cobertas, além de instalar quatro mil coberturas nas existentes. O investimento previsto para
tal é de R$ 380 milhões. A compra de mobiliário escolar é estimada em R$ 400 milhões. A agricultura,
outra forma de injetar dinheiro na economia, não foi esquecida. A agricultura familiar terá R$ 18 bilhões e
o agronegócio entre R$ 110 bilhões e R$ 120 bilhões.
Construção e equipamento para UPAs: R$ 1 bilhão
O Ministério da Saúde terá R$ 1 bilhão, dentro da segunda fase do Programa de Aceleração do
Crescimento (PAC-2), para construção, reforma e ampliação de unidades básicas de saúde e de
unidades de pronto atendimento (UPA), que ainda precisarão ser equipadas.
O pacote foi mencionado ontem pelo ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimental, num
evento em São Paulo. Ele não antecipou o teor das medidas, "para não tirar o brilho do anúncio".
- Estamos focando muito o investimento. Já fizemos muita coisa para expandir o consumo - disse
Pimentel na abertura do 5 Congresso Brasileiro de Pesquisa.
O pacote de medidas foi discutido ontem pela presidente com os ministros Mendes Ribeiro Filho
(Agricultura), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Aguinaldo Ribeiro (cidades) e Alexandre Padilha
(Saúde), além da chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann.
COLABOROU Cristina Bonfanti




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#283 Mensagem por Marino » Qua Jun 27, 2012 12:07 pm

ESTÍMULO AO CRESCIMENTO DO PIB
Hoje é dia de novo pacote de estímulo
Governo anuncia recursos para diversas áreas na tentativa de vencer o pessimismo
Mariana Mainenti e Rosana Hessel
A corrida para estimular o ritmo de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro fez com
que o governo orquestrasse, de última hora, um pacote de compras governamentais. O conjunto de
medidas foi coordenado, na segunda-feira, diretamente pela presidente Dilma Rousseff, com o ministro
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (Mdic), Fernando Pimentel. O que seria apenas a assinatura
de contratos com prefeitos na área de Educação transformou-se na divulgação de aquisições também
nas áreas da Saúde, da Agricultura e da Defesa. Mais uma tentativa para frear as críticas do mercado,
que vem reduzindo as projeções de crescimento para este ano e o próximo. O anúncio do programa será
feito de manhã, pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, no Palácio do Planalto.
As medidas visam fortalecer a indústria nacional que perdem competitividade em meio ao
agravamento da crise europeia. "Estamos atravessando uma conjuntura externa adversa, mas o país
está tomando as providências e reagindo a isso. As intervenções no câmbio, a queda dos juros e as
desonerações dentro de uma responsabilidade fiscal darão impulso à economia e, por conta disso, essa
melhora será vista no segundo semestre", afirmou o ministro Fernando Pimentel.
Em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento, o pacote está sendo chamado de
PAC Equipamentos — Programa de Compras Governamentais. Em meio a aquisições de interesse dos
ministérios, o governo encontrou todas as brechas possíveis para fomentar a produção no país. Em
alguns casos, como o investimento de R$ 1,3 bilhão em máquinas agrícolas, ele irá se valer do
mecanismo de margem preferencial, pela qual pode pagar até 25% a mais para o produto nacional. Na
área da Saúde, o governo deverá anunciar compra de ambulâncias.
Na Defesa, as aquisições serão concentradas em duas frentes. A primeira delas é a aquisição de
quase 4 mil caminhões que serão utilizados pelas três Forças Armadas. Ao mesmo tempo, as compras
irão beneficiar projetos importantes para o Exército. Um deles é o de fabricação do blindado Guarani, um
veículo sobre rodas que é o pioneiro de uma família que está sendo desenvolvida pelo Exército.
Produzido pela Iveco (do grupo Fiat), ele terá o número de aquisições praticamente dobrada, de 21 para
40 unidades.
O Exército poderá também triplicar o número de unidades adquiridas do Astros 2020, sistema de
lançamento de mísseis e foguetes fabricado pela Avibras, de São José dos Campos (SP). O sistema
prevê o lançamento de projéteis da carroceria de caminhões e já foi, inclusive, comercializado pelo Brasil
para a Malásia. Inicialmente, o governo iria adquirir 10 unidades e agora pretende obter outras 20.
Nas
compras adicionais dentro dos dois projetos, o Executivo irá desembolsar R$ 330 milhões além do que já
estava previsto.
Em Educação, os esforços para ampliar as compras governamentais serão concentrados na
construção de quadras esportivas, na aquisição de ônibus para transporte escolar e de mobiliário. O
ministro titular da pasta, Aloizio Mercadante, irá assinar convênios com prefeitos de diversas regiões no
país às 11h, no Palácio do Planalto. A meta do governo é construir, até 2014, pelo menos 6,1 mil novas
quadras escolares cobertas, além de 4 mil coberturas para quadras já existentes, dentro do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC 2). Em 2012, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação
(FNDE) prevê desembolsar R$ 381 milhões pelo projeto.
Os programas Caminho da Escola e Educação no Campo (Pronacampo) preveem a doação às
prefeituras de 6,3 mil ônibus, que serão usados por cerca de 378 mil alunos da rede pública. Serão
dados também mais de 2 milhões de conjuntos mobiliários escolares, como carteiras, mesas e cadeiras.
(Colaboraram Leandro Kleber e Silvio Ribas)




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#284 Mensagem por jumentodonordeste » Qua Jun 27, 2012 2:46 pm

4 mil caminhões :shock:


Eita por#$@.

Sério?




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Re: Consolidação da Indústria de Defesa no Brasil

#285 Mensagem por Boss » Qua Jun 27, 2012 2:52 pm

Uau, 30 unidades de Astros 2020... :lol: :roll:

Nem se fossemos do tamanho de Liechtenstein seria aceitável...




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