Moderadores: Glauber Prestes, Conselho de Moderação
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Porque uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa. Lógico que o acordo com a Boeing é bom para a Embraer. O valor de mercado dela aumentou 50% só com o anúncio das negociações. Mas disso estamos falando levando o lado dos empresários, dos acionistas etc (que só pensam em dinheiro e mais porra nenhuma), já o lado estratégico da coisa não existe nesse assunto, é péssimo, desastroso para o país (não é a toa existe uma resistência enorme da FAB). Veja que as notícias agora estão revelando que a Boeing não queria uma parceria com a Embraer, mas sim a total aquisição da mesma e transforma-la numa subsidiária, assim como é a Boeing UK no Reino Unido, que é nada mais nada menos do que uma prestadora de serviços para os produtos da Boeing naquele país (eles também fabricam uns parafusos para alguns aviões). A grande real da história é que o atual CEO da Boeing tem como meta estratégica alcançar uma renda anual de 50 bilhões de USD (http://aviationweek.com/commercial-avia ... ion-target), porém para isso, precisam comprar todas as empresas possíveis, entre elas a Embraer, pois a Boeing não tem competência para fazer isso sozinho, pois é uma empresa triste e decadente, uma sombra do que já foi no passado. Eu, sinceramente, como fã assumido do laissez-faire, espero que essa empresa vá a falência para o bem da saúde do mercado de aviação global.FCarvalho escreveu:Façamos assim então: não tem negócio nenhum. Americans go home!!!
Mas deixa eu perguntar uma coisa aqui aos colegas. Se qualquer presença ou associação com os americanos é tão danosa assim para a Embraer, e para o país, porque então a direção da empresa já não acabou com essa enrolation toda e mandou os americanos pegarem os dólares deles e enfiarem naquele lugar?
abs
Pra Embraer seria um ótimo negócio, mas penso que pras necessidades estratégicas do Brasil seria um desastre completo, seria o equivalente a Chrysler Defense (hoje General Dynamics Land Systems) ter aparecido no início das entregas do Urutu, ter comprado a ENGESA e fechado a fábrica dela eM SJC. Que aliás é exatamente o que acontece em aquisições desse tipo, a empresa mais rica compra a empresa menor, faz uma divida enorme com bancos pra conseguir financiamento pra compra, precisa cortar gastos pra facilitar os pgtos das prestações e nisso começa justamente cortando posições e ativos na empresa comprada.FCarvalho escreveu:Façamos assim então: não tem negócio nenhum. Americans go home!!!
Mas deixa eu perguntar uma coisa aqui aos colegas. Se qualquer presença ou associação com os americanos é tão danosa assim para a Embraer, e para o país, porque então a direção da empresa já não acabou com essa enrolation toda e mandou os americanos pegarem os dólares deles e enfiarem naquele lugar?
abs
Exatamente o que eu penso. Também, com um governo "receptivo à negócios" (leia-se corrupto pra caralho e com fome de propina) a Boeing achou que era só chegar aqui, botar o pau na mesa e pedir uma chupadinha.FCarvalho escreveu:O problema é que os americanos pensaram que isso aqui ser a casa da mãe Joana era só vir aqui, dá uns trocados pros índios e levar a empresa embora debaixo do braço.
Sifu...
Abs
Aqui temos, e em apenas um parágrafo, o resumo das razões pelas quais empreendimentos endógenos, por mais bem sucedidos que sejam, estão sempre perto da falência: o pouco estoque de capitais que temos ou é empregado em especulação pura e simples; ou em empréstimos aos governos (central, provinciais e municipais) que, para rolar seus aterradores custos, precisam sempre de mais dinheiro e, para isso, tratam de manter as taxas de juros lá na estratosfera ou, finalmente, em ações mais "seguras" que são, claro, de empresas prestamistas e estrangeiras. Confundem causa com consequência e vice-versa. Dá nisso...GIL escreveu: O valor em bolsa dela é muito baixo, me estranha que fundos brasileiros ou mesmo pessoas normais acomodadas não comprem ações dessa empresa, o mesmo governo poderia recomprar algumas, ainda que com a GS isso não se faz necessario seguramente, mais antes estatizada que entregada.
Fico imaginando a cena...Viktor Reznov escreveu:Pra Embraer seria um ótimo negócio, mas penso que pras necessidades estratégicas do Brasil seria um desastre completo, seria o equivalente a Chrysler Defense (hoje General Dynamics Land Systems) ter aparecido no início das entregas do Urutu, ter comprado a ENGESA e fechado a fábrica dela eM SJC. Que aliás é exatamente o que acontece em aquisições desse tipo, a empresa mais rica compra a empresa menor, faz uma divida enorme com bancos pra conseguir financiamento pra compra, precisa cortar gastos pra facilitar os pgtos das prestações e nisso começa justamente cortando posições e ativos na empresa comprada.FCarvalho escreveu:Façamos assim então: não tem negócio nenhum. Americans go home!!!
Mas deixa eu perguntar uma coisa aqui aos colegas. Se qualquer presença ou associação com os americanos é tão danosa assim para a Embraer, e para o país, porque então a direção da empresa já não acabou com essa enrolation toda e mandou os americanos pegarem os dólares deles e enfiarem naquele lugar?
abs
Exatamente o que eu penso. Também, com um governo "receptivo à negócios" (leia-se corrupto pra caralho e com fome de propina) a Boeing achou que era só chegar aqui, botar o pau na mesa e pedir uma chupadinha.FCarvalho escreveu:O problema é que os americanos pensaram que isso aqui ser a casa da mãe Joana era só vir aqui, dá uns trocados pros índios e levar a empresa embora debaixo do braço.
Sifu...
Abs
Desculpes, cupincha, mas tu e o Lima véio explicaram bem antes de mim, estou apenas concordando com VOSMEÇÊS...Marechal-do-ar escreveu:Ah... O Túlio explicando (talvez sem saber disso) o porquê do valor de mercado da Embrae ser tão baixo...
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